Em entrevista ao programa 98 Esportes, da Rádio 98, na manhã desta quarta-feira (6), Ronaldo Granata, um dos candidatos à presidência do Cruzeiro, garante que só vai concorrer ao cargo por não ter sido possível acontecer o que seria fundamental para o futuro do clube: a permanência do Conselho Gestor até o final do ano com Emílio Brandi sendo eleito presidente no próximo dia 21.

“Eu era o vice-presidente eleito e totalmente limpo na história da administração passada, que enfrentou várias crises e acusações. Saí do cargo para dar espaço ao Conselho Gestor, que veio com a proposta da transparência, de sanear o Cruzeiro, e havia um acordo para eles ficarem até o final do ano. O nome de consenso para essa eleição, para pacificar o clube, era do Emílio Brandi. Todos estavam dispostos a trabalhar pela paz, pelo menos até o final do ano. O Conselho Gestor vem fazendo um grande trabalho e estava tudo acordado”, afirma Granata.
O candidato diz que a partir do momento que este cenário, que era o ideal para o Cruzeiro ser passado a limpo, foi rompido, o que provocou até a retirada da candidatura de Emílio Brandi, ele se sentiu no direito de participar da disputa.
“A partir do momento que outro grupo político não aceita a pacificação do clube, não aceita o Conselho Gestor, e exige uma eleição agora, com disputa, ao invés da aclamação do Emílio Brandi, eu me sinto no direito legítimo, junto com vários conselheiros que me procuraram, a disputar e vencer essa eleição e por fim a essas dinastias que vem atrapalhado o Cruzeiro há mais de 20 anos. Nosso maior desafio é romper com essas velhas amarras, criar uma nova era, sem pitaco de ex-presidente, sem influência nefasta de grupos que jogaram a gente nesta situação em que estamos”, garante o candidato à presidência celeste.
Auditoria
Em outro momento da entrevista, Granata revelou que o rompimento com Wagner Pires de Sá, de quem era vice, mas nem chegou a participar da posse, aconteceu por causa da negativa de uma auditoria.
“Nunca recebi nada do Cruzeiro. Não tenho uma caneta do clube. Tudo que tenho, foi comprado na loja oficial. Venho sem o apoio de ex-presidentes. Não tenho o fardo pesado nas costas. Quero colocar o Cruzeiro no caminho que ele sempre teve, da honestidade e da moralidade. Todos os meus posicionamentos contra a antiga diretoria foram sempre firmes. Exigi do presidente antes dele tomar posse que ele contratasse uma auditoria para mostrar a real situação do clube. Meu primeiro embate com ele foi porque ele disse que não podia fazer isso com o presidente Gilvan, que é amigo dele. Aí começou a minha ruptura com ele”.