O meia Rodriguinho, um dos grandes reforços do Cruzeiro para a temporada 2019, foi apresentado na tarde desta terça-feira (29) na Toca II. Anunciado de forma divertida e diferente na semana passada, por meio de um caça-palavras divulgado nas redes sociais do clube, o meia teve ao seu lado no centro de treinamento azul um torcedor que virou símbolo de luta, garra e determinação.

Ao lado de Seu Lúcio, um cruzeirense cego que mora no interior do Amazonas e que curte agenda em Belo Horizonte pelo lançamento do filme Azul Escuro, que conta sua história de vida, Rodriguinho mostrou sua felicidade em chegar ao Cruzeiro.

"Realmente, está estampado no rosto a felicidade de estar em um grande clube que é o Cruzeiro, a felicidade de representar essa camisa, de ter sido muito bem recebido pela torcida, companheiros, pela diretoria. Alegria imensa poder representar uma grande nação e um clube que tem uma história maravilhosa", disse o novo camisa 23 da Raposa.

Com contrato de três anos, Rodriguinho sabe da sua responsabilidade, principalmente pela boa campanha que fez com a camisa do Corinthians. Fato que o colocou à época como um dos jogadores mais importantes do país. 

"Time muito competitivo. Chego sabendo que a possibilidade de sermos mais felizes ainda é muito grande, pelo o que o time demonstrou em anos anteriores, time que sempre briga por titulos. Venho para somar e espero ter alegrias e dar alegrias a todos", disse. 

Perguntado se queria ser ídolo do Cruzeiro, Rodriguinho foi firme e direto: "Espero que sim. Vou trabalhar, fazer de tudo para isso. Essa palavra (ídolo) é muto forte, muito bacana, é o que todo mundo busca. Aqui (no Cruzeiro) tem varios, é me espelhar neles. Vim para somar, com humildade para poder conquistar", afirmou. 

Saída do Mundo Árabe

Sobre sua passagem meteórica pelo futebol do Egito, Rodriguinho, que atuou no Pyramids por aproximadamente seis meses, explicou os motivos de ter voltado tão rápido para o Brasil. 

"Primeiro que lá foi uma situação bem complicada, apostei em um projeto que tinha um treinador brasileiro. Me adaptaria muito mais fácil ao estilo de jogar, ele colocaria as ideias dele para nos fortalecer, e acabou dando tudo errado. Com um mês que eu estava lá o treinador foi mandado embora e isso complicou bastante a vida. E o futebol não é alto nivel como a gente está acosutamado no Brasil. Defini que não era satisfatório para mim ficar lá, apesar da grana ser muito alta, mas abri mão de tudo isso para estar feliz primeiro, e quando apareceu o Cruzeiro, imediatamente, eu já adorei a ideia, por ser um time com uma história tão bonita, por ser um time que briga e conquista títulos. Isso que quero para a minha carreira, estar sempre no topo, estar em um clube que tem ambição. Me identifiquei na hora e resolvi vir para cá. Agradeço o professor Mano, que foi um pedido dele, e a diretoria, que fez um esforço para me trazer", explicou. 

Quando poderá jogar?

Sobre sua estreia, o meia deixou tudo para a comissão técnica resolver. No entanto, se dependesse do próprio jogador, ele já atuaria na quinta-feira (31), contra o Boa Esporte, em Varginha, pela quarta rodada do Campeonato Mineiro.

"Eu estava treinando, não perdi tanta condição física assim. Não tive espaço de férias que os atletas tiveram. Desde que cheguei venho me dedicando muito, trabalhando muito forte para que alguma perda que tive em questão de força seja suprida nesses primeiros dias (de treinos). Estou me dedicando, estou feliz, muito motivado em atuar em alto nível mais uma vez, em poder fazer parte desse grupo. Cabe ao Mano saber o momento certo de poder colocar (para jogar). Estou ansioso para entrar em campo, retomar às atividades, sentir o calor da torcida, jogar de novo. Rapidamente eu vou estar pronto para ajudar da forma que precisar", comentou. 

Seleção Brasileira

Convocado para amistosos da Seleção Brasileira em 2017, Rodriguinho espera, agora pelo Cruzeiro, fazer bons jogos e chamar a atenção novamente do treinador do Brasil.

"A seleção é um sonho que nunca pode morrer para um atleta de alto nível, que já esteve lá e sentiu o gosto de vestir aquela camisa. É um sonho que sempre vai estar enquanto eu vislumbrar uma possibilidade de estar lá, sabendo que a concorrência é difícil sempre, mas a gente tem que sonhar. Devemos sonhar e buscar, trabalhar muito para que possamos alcançar os nossos sonhos"

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