Grupo de torcedores alvinegros difunde a paixão pelo Atlético mundo afora

Frederico Ribeiro – Hoje em Dia
08/10/2015 às 07:25.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:58
 (Arte)

(Arte)

Em 1549, a armada liderada por Tomé de Sousa, primeiro governador-geral do Brasil, atraca em Salvador. Dentre os mil homens na tripulação, seis padres da “Companhia de Jesus” pisam na nova terra para disseminar os dogmas católicos na colônia portuguesa.

Quase meio milênio depois, enquanto Tomé de Sousa dá nome a uma rua na região da Savassi, um grupo de 80 torcedores atleticanos encarna o espírito dos jesuítas para “catequizar” a paixão pelo Galo por mais de 34 países em cinco continentes.

Liderado por Leonardo Soares Tito, advogado de 36 anos, o Grêmio Recreativo Social e Cultural Embaixadores do Galo foi criado em dezembro de 2012 para difundir o nome do mais antigo clube de Belo Horizonte, com o objetivo de atrair novos admiradores.

“É uma catequização mesmo. Nossa missão é levar o nome do Atlético ao mundo”, afirma Leo Tito.

Com presença em 88% dos jogos do clube nas últimas três temporadas (175 partidas em 199 possíveis) e recursos independentes, o maior orgulho do grupo é, na verdade, “espalhar a palavra” alvinegra por lugares pouco convencionais. No Vietnã, na África do Sul ou na Estônia, produtos oficiais e brindes do Atlético foram distribuídos gratuitamente para a população infantil. “Penso que fazemos o bem. Além de divulgar o Galo, também ajudamos populações com pouco recursos”, completa o advogado.

E quando se tem um dono de agência de turismo entre os embaixadores, visitar uma tribo indígena na Amazônia ou presentear um taxista em Dubai com um boné alvinegro torna a missão mais viável.

“Sempre levo brindes do Galo para distribuir nos países. Quanto mais pobre a população, maior é a aceitação. O próximo passo é deixar uma marca indelével do Galo em cada canto deste mundo”, explica Leonardo Gattoni, dono de agência de turismo.

Paixão sem limites

A principal fonte de verba dos Embaixadores é a mensalidade de R$ 30. Mas os gastos chegam a R$ 3.500 por mês. Sem apoio do clube, Tito esclarece: a missão é preencher lacunas deixadas pelo Galo .

“Nossa intenção é ser um braço auxiliar do clube”, tenta explicar ele.

Através dos Embaixadores, uma camisa preto e branca de R10 foi parar nas mãos de Maradona na última Copa do Mundo. E em Moçambique, um time mudou o nome para Clube Atlético Mineiro de Tete,

 

AS AÇÕES - (1) Maradona exibe a camisa de R10; (2) Crianças sul-africanas recebem brindes; (3) Pai de Juan Sebastián Verón ganha boné dos Embaixadores; (4) Chinês com o cachecol “Aqui é Galo”, frase cunhada pelos Embaixadores; (5) Moça vietnamita com o boné; (6) Rodrigo Minotauro, legenda do MMA, com boné
 

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