Campeão da edição de 2000 do ATP Finals, então chamado de Masters Cup, o astro Gustavo Kuerten trabalha para trazer o evento ao Brasil. No entanto, o ex-tenista reconhece que as possibilidades de desbancar Londres, atual sede, são remotas a curto prazo. "Agora, o preço para trazer está muito caro e existe um sucesso extraordinário com a execução em Londres. Diante disso, nossas chances são pequenas, mas a busca ainda é constante. Em um outro ciclo, depois que essa permanência em Londres terminar, talvez surja uma oportunidade mais plausível", declarou Guga. Realizado em Londres desde 2009, o ATP Finals é um dos principais torneios do circuito, já que reúne os oito melhores tenistas da temporada, além das oito primeiras duplas do ranking mundial. Tricampeão de Roland Garros, Guga considera o título da edição de 2000 da Masters Cup o mais marcante de sua carreira. O ex-tenista já havia falado sobre a possibilidade de realizar o evento no Brasil no último mês de março, quando teve sua indicação para o Hall da Fama do Tênis divulgada. Na ocasião, ele chegou a demonstrar otimismo: "tudo leva a crer que a chance de trazer para o Brasil é real". Ainda que considere remota a possibilidade de desbancar Londres na disputa pelo ATP Finals a curto prazo, Guga promete manter as tratativas para viabilizar a transferência do evento para o Brasil no contexto oportuno. Neste momento, diz o ex-tenista, a mudança não se justifica no aspecto custo-benefício. "Gastar um caminhão de dinheiro e não ter um benefício que dê conta do custo não vale a pena. Teria que surgir uma oportunidade mais favorável. A definição da ATP vai ser nos próximos meses, mas ainda com uma tendência a permanecer no mesmo local", explicou. Com o título da edição de 2000 da Masters Cup, conquistado sobre o norte-americano André Agassi em Portugal, Gustavo Kuerten assumiu a liderança do ranking da ATP. Cerca de um ano depois, ele caiu na fase de grupos do evento disputado na Austrália e o local Lleyton Hewitt tomou o posto de número 1 do mundo. "Era para o torneio ter vindo ao Brasil em 2001, mas acabou sendo na Austrália e perdi a liderança para o Hewitt. Com a posição econômica do Brasil hoje em dia, trazer o evento está dentro das perspectivas e há diversas frentes tentando fazer isso. Seria marcante, mas acho um pouquinho difícil", declarou Guga.