Guia da Copa #13: Chocolate meio amargo

Cristiano Martins e Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
07/06/2018 às 23:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:29

Conhecida pelos deliciosos chocolates produzidos no país e, mais recentemente, pela geração de jogadores espalhados pelos principais times do mundo, a Bélgica chega à Copa dividida entre o doce momento da seleção e o amargo temor de que a reunião de talentos individuais seja insuficiente para colocá-la entre os gigantes do futebol.

No papel, os Diabos Vermelhos certamente possuem um dos elencos mais qualificados do Mundial, com nomes expressivos em todos os setores, especialmente no ataque. A previsão, inclusive, é de verdadeiros “chocolates” sobre Panamá e Tunísia na primeira fase.

Protagonista do então inexperiente plantel em 2014, o ponta Eden Hazard (Chelsea) agora divide os holofotes em igualdade com o meia Kevin De Bruyne (Manchester City). O armador vem de uma temporada espetacular como maestro do time que pulverizou recordes no Campeonato Inglês. E foi também eleito para a seleção da última Champions League.

Na criação, Bruyne deverá jogar ao lado do valorizado Yannick Carrasco, tirado do Atlético de Madrid pelo futebol chinês por € 30 milhões. Na linha de frente estarão Hazard, Dries Mertens (Napoli) e Romelu Lukaku (Manchester United), todos artilheiros de seus respectivos clubes na temporada europeia.

Por outro lado, seguem vivos na memória dos belgas os vexames nas Eliminatórias da Eurocopa-2012 e nas quartas de final continentais em 2016 diante do modesto País de Gales, além da derrota para a Argentina nesta mesma fase da Copa do Mundo de 2014. Com uma safra mais madura (média de 27,6 anos), esta pode ser a oportunidade ideal, porém derradeira, para a “geração de ouro” enfim mostrar do que é capaz.

Já o Panamá desconhece qualquer tipo de pressão. Só para se ter uma ideia, a classificação inédita e heroica para o Mundial virou até feriado nacional no país centro-americano.

Para sonhar com algo além da participação, os Canaleros apostam na experiência do técnico Hernán Gómez, presente pela terceira vez no torneio (já havia comandado a Colômbia em 1998 e o Equador em 2002), e do rodado atacante Blas Pérez, de 37 anos, com passagens por Nacional-URU, Deportivo Cali-COL e Tigres-MÉX.

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