Guia da Copa #9: A sexta estrela

Cristiano Martins e Frederico Ribeiro
Hoje em Dia - Belo Horizonte
01/06/2018 às 20:11.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:23
 (Arte)

(Arte)

A reviravolta experimentada pela Seleção Brasileira desde a chegada de Tite ao comando, em setembro de 2016, elevou o treinador a um incomum estrelato em meio a jogadores individualmente prestigiados no mercado internacional – apesar de outrora muitas vezes criticados no país.

Ao reorganizar as peças e tirar de Neymar a responsabilidade praticamente exclusiva de resolver as partidas mais difíceis, o técnico “ganhou” ótimos coadjuvantes e um coletivo forte, capaz de alavancar a equipe da sexta colocação à liderança isolada e inquestionável nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Os 89% de aproveitamento sob a batuta do gaúcho no torneio qualificatório fizeram do Brasil o primeiro país classificado para o Mundial da Rússia e o mantiveram como o único presente em todas as Copas.

Se não possui o melhor elenco da atualidade, a Seleção chega para a disputa do hexacampeonato com os dois jogadores mais valorizados do planeta (Neymar e Coutinho) e três eleitos para a equipe ideal da última Champions League (Alisson, Marcelo e Casemiro) em sua formação titular.

Com tudo dando tão certo, sobram apostas no favoritismo da Amarelinha. Ainda mais após a volta do camisa 10. Recuperado de lesão, o campeão da Copa das Confederações e dos Jogos Olímpicos não esconde o sonho de se tornar o melhor do mundo e terá a chance de mostrar que a história poderia ter sido diferente caso estivesse em campo contra a Alemanha no Mineirão em 2014.

Por outro lado, pesa contra o Brasil a ausência de Daniel Alves. Homem de confiança e titular absoluto com Tite, o experiente lateral-direito acabou vetado por contusão às vésperas da convocação final.

Além disso, os adversários não são exatamente “sacos de pancada”. Equipe teoricamente mais fraca do Grupo E segundo o ranking Fifa, a Sérvia garantiu a vaga direita via Eliminatórias Europeias e reúne nomes experientes, com destaque para Matic (Manchester United), Kolarov (Roma) e Ivanovic (Zenit).

Além disso, os herdeiros do futebol iugoslavo contam com as jovens promessas Savic (Lazio) e Zivkovic (Benfica), campeões do Mundial Sub-20 de 2015, justamente em cima do Brasil de Gabriel Jesus.

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