Há exatos dois anos acontecia emblemático Cruzeiro x Galo; relembre a rivalidade dos anos seguintes

Alexandre Simões e Thiago Prata
@oalexsimoes @ThiagoPrata7
07/04/2020 às 20:19.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:13
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

O calendário do futebol está paralisado, claro, de forma sensata, em função da pandemia do coronavírus. Mas a rivalidade nunca se encontra em estado de inércia. Recentemente, personagens da história de Galo e Raposa aproveitaram para esquentar esse período de congelamento de jogos. Enquanto o ex-atleticano Marcos Rocha ressaltou o “prazer” de ter rebaixado os azuis no ano passado, quando atuava pelo Palmeiras, o argentino e ex-celeste Montillo revelou que está torcendo contra o compatriota Jorge Sampaoli por este ser treinador alvinegro e reiterou que é “muito Cruzeiro”.

Episódios como esses resultam em debates e embates nas redes sociais, mantendo vivo a história e o legado do maior confronto das Gerais. Mais alguns capítulos dessa briga quase centenária são relembrados nesta quarta-feira, em que se completam dois anos de um emblemático dérbi mineiro. Em uma partida envolta de muita polêmica, o Cruzeiro bateu o Galo por 2 a 0, no Mineirão, invertendo a vantagem obtida pelo adversário no duelo de ida e sagrando-se campeão estadual de 2018.

De lá para cá, a rivalidade evidenciou duas faces. Contabilizando aquele duelo, a Raposa saiu vencedora nos mata-matas que disputou contra o alvinegro, que, apesar disso, supera os celestes no retrospecto geral e, graças aos resultados obtidos nos últimos embates, acumula um tabu de quatro jogos de invencibilidade perante o oponente.Vinnicius Silva/Cruzeiro

Cruzeiro e Atlético fizeram jogos eletrizantes em 2018

Eletrizante e polêmico

Se Montillo e Marcos Rocha, pivôs dos últimos embates nas redes sociais, incendiaram vários clássicos por conta de gols, assistências, declarações e títulos, em 8 de abril de 2018, os protagonistas da final do Campeonato Mineiro eram outros.

Após o Atlético largar na frente na disputa da decisão do Estadual com um triunfo por 3 a 1 no Independência – gols de Ricardo Oliveira (2) e Adilson para o Galo e Arrascaeta para a Raposa –, o Cruzeiro precisava fazer algo semelhante, ou seja, vencer por dois gols de saldo, para ficar com o título.

Em um Mineirão com mais de 40 mil torcedores – a grande maioria era azul –, o time celeste precisou de cerca de três minutos para abrir o placar e esquentar a luta pelo caneco. E aos 21 minutos veio o lance que foi o divisor de águas naquele clássico. Em uma ríspida disputa, Otero deu uma cotovelada em Edilson e acabou expulso, enquanto o lateral da Raposa, que havia deixado a sola e também o braço no pescoço no venezuelano levou apenas o amarelo do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, em um lance que gerou muita repercussão à época.

Com um a mais em campo, o Cruzeiro alcançou mais um gol, com Thiago Neves, aos 7 minutos do segundo tempo, e deu a volta olímpica no gramado do Gigante da Pampulha.Vinnicius Silva/Cruzeiro

Em 2018, Cruzeiro foi campeão mineiro sobre o Atlético

História

Depois daquele clássico de exatos dois anos atrás, Cruzeiro e Atlético voltaram a medir forças dez vezes, rendendo mais episódios emocionantes. Nesses duelos em questão, duas constatações, no mínimo. A primeira é que a Raposa continuou a levar a melhor sobre o rival em mata-matas. A outra se refere à superioridade do alvinegro no retrospecto geral nesse período.

Os dois rivais se enfrentaram em mais duas fases eliminatórias. Na final do Estadual de 2019, o Galo esteve próximo de dar o troco da perda do título de 2018. Após perder por 2 a 1 no Mineirão, na partida de ida, o Atlético vencia por 1 a 0 a volta no Independência. No entanto, a sorte voltou a conspirar a favor da Raposa.

Em mais um lance polêmico em um duelo decisivo, a arbitragem Leandro Marinho (RS) assinalou pênalti de Leonardo Silva – o lance foi revisado pelo VAR. Aos 31 minutos, Fred converteu a penalidade, que garantiu o bicampeonato aos celestes.

No mesmo ano, as duas equipes voltaram a bater de frente pelas quartas de final da Copa do Brasil em dois jogos antagônicos. No primeiro, um vareio celeste, por 3 a 0. No segundo, domínio alvinegro, por 2 a 0. No fim, melhor novamente para os azuis, classificados às semifinais – o Inter eliminaria a Raposa em seguida.Bruno Cantini/Atlético

Otero foi o autor do último clássico mineiro, vencido pelo Galo

Retrospecto

Nos dez jogos que vieram após a final do Campeonato Mineiro de 2018, o Galo venceu quatro, empatou quatro e perdeu dois (exatamente as partidas que culminaram em eliminação ou perda de título para o rival). No Campeonato Brasileiro, o alvinegro não perdeu uma vez sequer (confira o retrospecto completo abaixo).

Além disso, o Atlético construiu um tabu recente. O time alvinegro não é derrotado para o Cruzeiro há quatro partidas, sendo três triunfos e um empate. O último dérbi foi o primeiro em que a Raposa entrou em campo como um clube de Série B do Campeonato Brasileiro. O placar terminou em 2 a 1 para o Galo, com o gol da vitória marcado por Otero sobre a equipe de Edilson – ironia, talvez?CLIQUE PARA AMPLIAR

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por