Herança maldita: Cruzeiro tem novo pedido de bloqueio por parte do Mineirão, que cobra mais R$ 12 mi

Anderson Rocha
05/02/2019 às 12:59.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:24
 (Mineirão/Divulgação)

(Mineirão/Divulgação)

A Minas Arena ajuizou ação de cobrança contra o Cruzeiro Esporte Clube na última sexta-feira (1º). De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a empresa que administra o Mineirão solicita o bloqueio de R$12.085.000 milhões na conta do time para cobertura de pagamento de despesas de jogos realizados pela Raposa no estádio em 2016 e 2017.

A cobrança se deve ao período em que Gilvan de Pinho Tavares era o presidente do clube. Desde a final da Copa Libertadores de 2013, quando o Atlético jogou com o Olimpia, do Paraguai, numa data do Governo de Minas, portanto sem pagar as despesas de uso do estádio, o Cruzeiro entendeu que pelo contrato de fidelidade com a gestora do Gigante da Pampulha passaria a ter o mesmo direito. 

De acordo com a 25ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, a Minas Arena afirma que o Cruzeiro não repassou recursos definidos em contrato no período citado referentes a custos de realização de partidas. Entre as despesas, foram citadas a limpeza do estádio, o fornecimento de água e energia, a segurança dos torcedores e o custeio de transporte e alimentação da força policial. 

A ação também cita que foram feitas diversas notificações de cobrança ao Cruzeiro logo após os jogos realizados em 2016 e 2017. As faturas nunca teriam sido respondidas. Por essas razões, a empresa solicita o bloqueio em conta, ainda afirmando que, conforme reportagens esportivas, o último balanço financeiro do time não foi aprovado.

O Cruzeiro já é réu em outra ação do Mineirão, que cobra quase R$ 10 milhões pelos jogos entre julho de 2013 e dezembro de 2015.

De acordo com a assessoria de imprensa do Mineirão, o valor refere-se a custos operacionais de partidas. Confira abaixo nota na íntegra:

"Com relação a judicialização da cobrança no último dia 1º, o Mineirão informa que o valor se refere ao reembolso de 70% dos custos operacionais das partidas referentes aos anos de 2016 e 2017, tais como segurança, limpeza, brigadistas, dentre outros. Já estavam ajuizadas as dívidas referentes aos anos de 2013, 2014 e 2015. Reuniões periódicas acontecem com o clube para tratar esta questão. A diretoria do Cruzeiro já estava ciente deste ajuizamento, pagou parte das despesas do ano de 2018 e conversa com a administração do Mineirão sobre a quitação de 70% dos custos relativos ao ano passado, conforme previsto em contrato.O Mineirão espera que a questão seja solucionada o mais breve possível e se orgulha de oferecer uma das operações mais eficientes do país, proporcionando excelentes resultados financeiros aos clubes que aqui jogam".

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o Cruzeiro e o clube informou, em nota, que ainda não foi notificado da ação. Leia o posicionamento na íntegra:

O Cruzeiro tomou conhecimento do ajuizamento da ação via imprensa, pois ainda não foi citado. Dessa forma, o Clube se manifestará oportunamente sobre o caso, quando for ciente de todos os detalhes da ação.

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