Herdeiro de Mário de Castro: Diego Tardelli integra a lista dos históricos camisas 9 do Atlético

Alexandre Simões
Hoje em Dia - Belo Horizonte
27/05/2021 às 17:29.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:02
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

No Atlético, o 10 é o 9. E essa história vai de Mário de Castro a Diego Tardelli, que nesta quinta-feira (27) teve anunciada oficialmente a sua saída do clube com o término do seu contrato, na próxima segunda-feira.

Na segunda metade dos anos 1920, o Galo alcançou seu primeiro bicampeonato estadual e a maior goleada sobre o maior rival, o Palestra Itália (Cruzeiro), tendo como destaque o chamado Trio Maldito, formado por Said, Jairo e Mário de Castro, o centroavante, estrela maior daquela grande equipe que inaugurou o Estádio Antônio Carlos, em Lourdes, em 1929, com um 4 a 2 sobre o Corinthians, de virada, com um hat-trick do seu homem-gol.Bruno Cantini/AtléticoO gol mais importante de Diego Tardelli com a camisa atleticana foi marcado na vitória por 1 a 0, sobre o Cruzeiro, no Mineirão, que garantiu ao Atlético a conquista da Copa do Brasil de 2014

No hino alvinegro, a afirmação: “Nós somos campeões dos campeões” é referência ao título do Torneio Campeão dos Campeões de 1936, promovido pela extinta Federação Brasileira de Futebol (FBF). E esta taça teve como grande craque o centroavante Guará, um dos maiores ídolos da história atleticana e que dá nome ao troféu entregue pela Rádio Itatiaia todo ano aos melhores do futebol mineiro.

Uma das marcas do clube na Era Independência foi Ubaldo Miranda, centroavante oportunista e folclórico que foi hexacampeão mineiro (1950, 1952, 1953, 1954, 1955 e 1958), tendo participação no período de maior hegemonia do Galo no Estadual.

A conquista do Campeonato Brasileiro de 1971 teve como personagem maior Dario, artilheiro da competição, com 15 gols, sendo o último deles aquele que valeu o título, em 19 de dezembro, no Maracanã, com a vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo.

Reinaldo

Na segunda metade dos anos 1970, e primeira dos 1980, o atleticano se acostumou a vibrar com os gols de Reinaldo, maior goleador da história do clube e que se transformou no “Rei atleticano”, sendo até hoje o maior ídolo da torcida.

Nos anos 1990, outro grande ídolo alvinegro vestiu a camisa 9, o atacante Marques, que não era centroavante, mas ajudou e muito com seus gols na conquista do bicampeonato da Copa Conmebol, em 1997, e no vice-campeonato brasileiro de 1999.

Esta lista dos camisas 9 que fizeram história no Atlético tem como último representante Diego Tardelli. Na primeira passagem, ele já conquistou a Massa, principalmente após os 42 gols na sua primeira temporada alvinegra, em 2009.

Em 2013, o título da Copa Libertadores, o maior da história do clube, foi conquistado com ele vestindo a camisa 9, embora o homem de referência do ataque fosse Jô. Mas no ano seguinte, a Copa do Brasil foi assegurada com um gol dele, como centroavante, sobre o Cruzeiro, no Mineirão.

Foram 122 bolas nas redes adversárias em 235 partidas, média de 0,52. Foram sete as taças erguidas e uma marca eterna na lista que faz do 9 do Atlético o 10.

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