Não é a primeira vez que acontece, e não será a última. Como parte de uma trajetória que valeu seis títulos da Superliga, outros seis sul-americanos e dois Mundiais de Clubes, muitas vezes o Sada Cruzeiro precisou sair de situações complicadas e mostrar força e capacidade de decisão para se impor. Pois é essa combinação entre experiência em decisões, frieza e eficiência nos fundamentos que volta a ser necessária hoje, às 21h30, no Ginásio do Abaeté, em Taubaté, interior paulista.
O desafio celeste é devolver a derrota sofrida sábado a noite no Riachão para o EMS Funvic Taubaté (3 a 1) não só para evitar que o rival abra na melhor de cinco pelas semifinais da Superliga Masculina, mas também para retomar a vantagem de fazer três partidas em casa. Jogadores e comissão técnica foram unânimes em reconhecer que o desempenho do primeiro duelo esteve muito abaixo do habitual e querem fazer disso a motivação para igualar o confronto, apesar do respeito aos comandados por Renan dal Zotto.
“Essas semifinais com certeza serão muito disputadas, com dois grandes times de cada lado. Mas a gente tá indo mordido pra Taubaté. Nós não esperávamos uma derrota no primeiro jogo em Contagem, a gente estava bem preparado, bem treinado, mas infelizmente o resultado foi negativo. E agora nós vamos entrar 100%, para deixar tudo o que a gente tem em quadra neste jogo. Nosso objetivo é a vitória, igualar o placar e continuar com a vantagem de jogar em casa”, reforçou o oposto Evandro, que foi, ao lado do mineiro Lucarelli, ponteiro do time paulista, o principal pontuador do confronto (21 pontos).
E tudo terá de começar por um saque mais eficiente e decisivo, capaz de quebrar a recepção e dificultar o trabalho do levantador Rapha. do Taubaté. Na primeira partida, o Cruzeiro proporcionou um set e meio em pontos ao adversário com seus erros (37). E com o passe na mão do adversário, bloquear se torna tarefa mais complicada – foram seis pontos marcados no fundamento, contra os 11 do time paulista.
Do outro lado da quadra, o experiente Leandro Vissotto também espera por uma partida mais equilibrada e definida nos detalhes. "Cada jogo será como uma final. Os dois times jogaram em alto nível no primeiro jogo e ambos têm possibilidades de vencer qualquer partida. Temos que pensar a cada ponto a cada set e tentar executar cada ação na maior concentração e capricho possível.
Outro jogo
Situação semelhante é a do outro confronto, em que o Sesc-RJ, dono da melhor campanha na fase classificatória, acabou derrotado pelo Sesi-SP no Ginásio da Vila Leopoldina, na capital paulista, com surpreendente facilidade )3 a 0). Hoje as duas equipes se enfrentam às 19h no Tijuca Tênis Clube, no Rio. “Precisamos melhorar nossa virada de bola, nosso saque e também é preciso passar um pouco melhor. Dessa forma, nosso jogo vai fluir melhor e vamos conseguir buscar essa vitória, que vai ser muito importante para a sequência da série. Sabemos que o Sesi-SP tem um time muito forte, mas o nosso grupo também é qualificado e temos total capacidade de empatar a série”, prevê o ponteiro Maurício Borges, do Sesc.