Insatisfeito e sincero, Guilherme busca mais espaço no Galo

Henrique André - Hoje em Dia
24/07/2015 às 06:27.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:03
 (Editoria de Arte)

(Editoria de Arte)

A relação entre Guilherme e Levir Culpi anda estremecida. Apesar de elogiar bastante a capacidade técnica do meia-atacante, o treinador diz não se sentir seguro para escalá-lo entre os titulares do Atlético, alegando fatores extracampo.

No treino dessa quinta-feira (23) na Cidade do Galo, o técnico voltou a montar o time com dois volantes e Dátolo substituindo o lesionado Luan. Porém, na etapa final, experimentou o camisa 17 na vaga de Leandro Donizete.

Sincero, o armador discorda do argumento de Levir e a cada jogo demonstra publicamente a insatisfação com a reserva. “É muito pouco para uma justificativa. Se ele disser que o time titular está bem, é melhor do que falar que a minha cabeça não está aqui no clube”, defende-se.

O problema, avalia o treinador, é a incerteza sobre a permanência do armador no Atlético. No início do mês, Guilherme chegou a viajar para o México, onde assinaria contrato com o Cruz Azul, mas a negociação não se concretizou.

“Quero vê-lo jogando como titular, mas quero vê-lo focado. Tem que acabar com essa coisa extracampo, sai, não sai. Não sei exatamente o que querem o clube, o Guilherme e o procurador”, disse Levir.

Questionado sobre as explicações do treinador, o atleta abre mão dos clichês e vai direto ao ponto. “A verdade é que, em cada época, eu vivi alguma situação diferente que me impedisse de jogar. Talvez na cabeça dele, ele tenha razão”, lamenta o camisa 17.

Guilherme tem contrato com o Galo até dezembro. Depois de ter sofrido uma lesão no fim de abril, ele está liberado pelo departamento médico desde 11 de maio. Porém, não foi escalado como titular nenhuma vez sequer no Brasileirão. Em 14 rodadas, o jogador foi acionado cinco vezes (2 vitórias, 2 derrotas e 1 empate), sempre saindo do banco no segundo tempo.

Vai ou fica?

Sobre a permanência no clube, Guilherme recorre novamente à sinceridade e diz preferir “não ser desonesto” com o torcedor. “É tudo muito dinâmico. De um dia para o outro pode aparecer um doido aí e pagar o dinheiro que o clube quer”, explica.

Mas, buscando reconquistar a confiança de Levir e da torcida alvinegra, ele garante o compromisso com o Galo. “Em momento algum eu vou deixar de jogar e de ficar à disposição para ajudar. Se não quisesse ficar aqui, já tinha dado um jeito de sair”, completa.

 “A única coisa que eu posso dar tranquilidade é que eu estou aqui, pronto para jogar. Se estou aqui, eu posso jogar. Então, esse negócio de que não me bota por isso ou aquilo é conversa” Guilherme

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