Integrantes do Núcleo Dirigente do Cruzeiro pensam em pedir 10% dos ingressos no clássico de 7/3

Alexandre Simões
@oalexsimoes
06/02/2020 às 18:28.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:33
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

O clássico entre Atlético e Cruzeiro, no próximo dia 7 de março, às 16h30, no Mineirão, pela oitava rodada do Módulo I do Campeonato Mineiro, não deve ser disputado com torcida única, no caso apenas atleticanos no estádio, pois o Galo é o mandante.

No ano passado, após o confronto dentro do Gigante da Pampulha entre torcedores dos dois clubes, no empate por 0 a 0, em 10 de novembro de 2019, pela 32ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, o então gestor do futebol cruzeirense, Zezé Perrella, declarou que os clássicos contra o Atlético, por ele, seriam com torcida única. E seu pensamento foi seguido pelo presidente atleticano, Sérgio Sette Câmara.Bruno Haddad/CruzeiroNo clássico de 10 de novembro do ano passado, o último entre os dois clubes, o Mineirão foi palco de muita confusão entre cruzeirenses e atleticanos

O Cruzeiro chegou a divulgar uma nota oficial, assinada por Perrella, afirmando este compromisso. Mas esta decisão não deve ser seguida pelo Núcleo Dirigente Transitório, que comanda a Raposa neste momento.

A reportagem do Hoje em Dia conversou com dois integrantes da nova diretoria celeste e ambos são favoráveis ao pedido da carga de 10% dos ingressos pelo clube, como determina a legislação esportiva.

Os dois preferiram não ter seus nomes revelados, pois a decisão de pedir ou não a carga de ingressos será tomada numa reunião do Núcleo, mas eles entendem que não há motivo para se fazer clássicos com torcida única em Minas Gerais, ainda mais no Mineirão.

“O Cruzeiro vive novos tempos. Não vejo impedimento para o pedido dos ingressos. Será uma decisão única, do Núcleo, mas minha opinião é de que deve ser feito”, garante um deles.

Este mesmo dirigente ressalta que o Cruzeiro, além da questão financeira e administrativa, que são muito graves, tenta recuperar o seu relacionamento com as instituições, pois ele ficou muito abalado nas gestões Gilvan de Pinho Tavares e Wagner Pires de Sá, principalmente.

“Parte da nossa diretoria já esteve na FMF, com o Adriano Aro, e foi muito bem recebida. Hoje o Cruzeiro foi à CBF, e também teve toda a atenção do presidente Rogério Caboclo e do vice Catellar Guimarães. Este papel precisa ser feito. E em relação ao Atlético não temos também nenhum problema. O encontro não aconteceu, mas de nossa parte não há motivo algum para um clima de guerra. Muito pelo contrário”, afirma o dirigente celeste.

História

Em 2014, após os dois clubes serem punidos com perda de mando de campo por causa de confusão num clássico pelo Campeonato Brasileiro, no Mineirão, os dois clubes decidiram que jogariam as partidas entre eles com torcida única.

Na final da Copa do Brasil, no jogo de ida, no Independência, o Cruzeiro não pediu ingressos. Para a volta, o Atlético exigiu a carga de 10% a que teria direito. A diretoria cruzeirense tentou impedir de toda maneira a presença do torcedor alvinegro no Gigante da Pampulha.

Acabou disponibilizando uma carga inferior aos 10% e ao preço de R$ 1 mil, com o Ministério Público mandando baixar a entrada para R$ 500. A partir daí, os dois lados fizeram muita maldade com o torcedor visitante, com preços abusivos da entrada e estratégias para dificultar a vida de quem estava em minoria no estádio, seja ele o Independência ou Mineirão.

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