Irmã de Rafael Moura é a camisa 10 do time da universidade

Henrique André - Hoje em Dia
02/02/2015 às 08:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:52
 (Divulgação)

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Assim como outros brasileiros, a mineira Amanda Moura aproveitou o talento com a bola nos pés para tentar a vida na Liga Universitária dos Estados Unidos. Há dois anos atuando como camisa 10 da Universidade de Bridgeport, localizada na região metropolitana de Nova Iorque, Amanda, de 21 anos, livrou-se do rótulo de ser “apenas a irmã de Rafael Moura” – atacante do Internacional, de Porto Alegre – e se tornou uma das principais atletas do time norte-americano.

Artilheira das Purple Knights, com dez gols em 21 partidas da Liga Universitária, e com o melhor desempenho nos testes físicos realizados na última semana, a atleta quer se profissionalizar em 2017, quando se forma na faculdade. A partir daí, espera atuar na Liga Americana, que já contou com a presença da brasileira Marta – principal jogadora da seleção, eleita a melhor do mundo por cinco vezes consecutivas.

Com a ajuda de uma agência esportiva, e após ser aprovada em uma prova de línguas, a mineira, nascida em Belo Horizonte, conquistou uma bolsa de 100% na faculdade. “Eles pagam alimentação, moradia e o curso. Além disso, compram todos os meus livros e bancam todas as minhas despesas”, conta “She-Ra” em entrevista ao Hoje em Dia.
Amanda recebeu o apelido por ser irmã do “He-Man”, como é chamado o irmão Rafael Moura.
A brasileira e as outras atletas/estudantes ainda não podem receber salários ou remuneração por meio do futebol. Nos EUA, a Liga Universitária não permite que as atletas sejam remuneradas até chegarem à Liga Profissional.
Estrutura física
Sobre a estrutura física do centro de treinamento (CT) da Universidade, Amanda define como “absurda”. A atleta, que no Brasil atuou pelo Atlético, diz-se espantada com a diferença do que é oferecido às atletas no Brasil e nos EUA, e destaca o conforto que tem na Terra do Tio Sam.

“Estudar e jogar aqui foi uma das melhores decisões que tomei na minha vida. Sempre tive portas abertas por ser irmã de um jogador profissional, mas eu preferi andar com minhas próprias pernas”, conta a jogadora. “O gramado é semelhante ao europeu, e o vestiário, eu brinco com o meu irmão que é melhor que o do Internacional”, completa.
Em Bridgeport, as atletas da universidade contam com um CT equipado com sistema de aquecimento para a neve, amortecimento de impacto no campo, além de uma sala de fisioterapia com banheira de água fria e quente, máquina de gelo, piscina, sauna, e outras comodidades.

Medalhões da bola valorizam liga masculina dos EUA

A chegada de craques ao futebol norte-americano, como o brasileiro Kaká e o inglês Lampard, além de fortalecer a temporada da Major League Soccer (MLS), principal liga de futebol dos Estados Unidos, evidencia o interesse dos investidores em aumentar o nível da competição. O britânico David Beckham e o francês Thierry Henry, que já penduraram as chuteiras, também fizeram parte deste processo.

Exemplo de organização e modelo esportivo, a MLS conta com altos investimentos feitos por empresas estrangeiras, do governo e apoio de potências de outros esportes, como o time de basquete Los Angeles Lakers e o de beisebol, New York Yankees.

A Segunda Divisão, conhecida como North American Soccer League (NASL) – que na década de 1970 contou com a presença do “Rei do Futebol”, Pelé, no New York Cosmos – também é bem atraente.

Falida em 1984, a NASL voltou à ativa há 5 anos e hoje tem Ronaldo “Fenômeno”como um dos principais investidores.

O brasileiro, que deixou os gramados em 2011, recentemente adquiriu mais de 20% do controle do Fort Lauderdale Strikers. Inclusive, para promover os Strikers, Ronaldo não descarta retornar aos gramados este ano.
 

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