(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Contratado em novembro do ano passado com a missão de dar um toque de experiência e qualidade ao time do Cruzeiro, Rafael Sóbis cumpriu seu papel na reta final da Série B de 2020. Com gols e liderança, foi figura essencial para livrar a Raposa de qualquer risco de rebaixamento, além de ter produzido lances de efeito. Destaque para o tento de antes do meio de campo contra o Brasil de Pelotas, no Mineirão.
Diante desse cenário, a expectativa era a de que o vitorioso atacante, de 36 anos, conduzisse o time celeste na busca pelo principal objetivo na atual temporada: o acesso à Série A do Brasileirão. Entretanto, o que se viu nos últimos meses foi um Rafael Sóbis pouco produtivo e irritado em várias situações.
Para se ter ideia da baixa efetividade do camisa 10 nas quatro linhas, o atacante soma o triplo de cartões em relação a gols na temporada. Até o momento, o avante acumula nove cartões, sendo oito amarelos e um vermelho, e apenas três gols entre fevereiro e setembro de 2021. Na atual edição da Série B, o ex-atacante da Seleção Brasileira somou apenas um gol.
Nervosismo
A única expulsão de Rafael Sóbis na temporada ocorreu justamente no último domingo, quando o Cruzeiro perdeu por 2 a 1 para o CSA, no Independência, pela 26ª rodada da Série B. Acionado aos 16 minutos do segundo tempo, recebeu dois cartões amarelos por reclamação, aos 40 minutos, e deixou a Raposa com um jogador a menos na reta final do confronto.
Além dos cartões, Sóbis demonstrou irritação em outros momentos da temporada. Em junho, deixou o gramado esbravejando, em crítica ao então técnico Felipe Conceição, após ser substituído, e foi barrado no jogo seguinte pelo comandante.
No entanto, Conceição foi demitido no jogo em questão, e Sóbis recuperou o espaço no time junto aos sucessores Mozart e Vanderlei Luxemburgo. Seja como titular ou saindo do banco de reservas, o atacante participou de 23 dos 26 jogos da Raposa na Segunda Divisão.
Para completar a agitada temporada, o atleta, um dos principais porta-vozes do time, também se irritou com a cobrança de jornalistas e comunicadores em entrevistas.
Certo é que, mesmo em meio à intensa crise esportiva, financeira e institucional que a Raposa atravessa desde 2019, Sóbis não tem conseguido, dentro de campo, ajudar a Raposa como fez no ano passado ou nos tempos do bicampeonato da Copa do Brasil em 2017 e 2018.
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