Já realidade, Arena MRV começou a ser pensada após frustração do Atlético no Mundial de 2013

Henrique André
@ohenriqueandre
25/03/2020 às 17:10.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:05
 (Divulgação/Atletico)

(Divulgação/Atletico)

Um bate-papo em que o tema principal foi "realização de um sonho". Assim foi conduzido o terceiro episódio da série #GaloEmCasa, exibido nesta quarta-feira (25), dia do aniversário de 112 anos do alvinegro. A resenha, conduzida pela TV Galo, teve a participação de Sérgio Sette Câmara, presidente do clube, Rubens e Rafael Menin (MRV) e de Bruno Muzzi, CEO do estádio que vem por aí, com capacidade para 46 mil pessoas.

Atleticano desde o berço, Rafael Menin conta que o sonho da construção da Arena começou após um episódio de frustração. Na volta do Mundial de Clubes de 2013, quando o alvinegro acabou ficando fora da grande decisão, ele começou a se perguntar como poderia ajudá-lo a mudar de patamar e, quem sabe, voltar ao torneio em breve.

"O Atlético está passando por um momento de reconstrução do clube e tem muita coisa boa acontecendo. Teremos também um futebol com mais receita e menos despesa. Logo após o Mundial de 2013, voltamos muito tristes do Marrocos (ele, o pai e o ex-presidente do clube Ricardo Guimarães) e começamos a pensar o que poderia ser feito para ajudar o Atlético. Faltava uma casa para o Galo, com uma boa localização. O sonho começou em 2014 e, devagarzinho, foi se tornando realidade", contou o empresário e também conselheiro do clube.

Já para o pai, Rúbens Menin, a paixão pelo Galo começou aos seis anos, em 1962, quando foi levado pelo irmão ao Independência, para acompanhar um jogo do time bicampeão estadual. Presidente da MRV, grande parceira do Atlético há 18 anos e que levará o nome da nova Arena, ele destacou a importância de se ter uma casa própria, a qual diz ter custo 2/3 menor do que a de outros clubes.

"Esse projeto tem sido trabalhado há muitos anos e está virando realidade. O futebol e o mundo estão mudando. O Brasil terá condição de ter uns cinco ou seis clubes gigantes, e o Galo será um deles. A Arena será fundamental para isso e custará muito barato em relação ao que ela vai entregar. Ao contrário de outros clubes, a teremos sem dívida. Nos dará uma renda, a expectativa é que de mais de R$ 100 milhões por ano, que nos fará ter um super time", opinou Menin.

Apesar de ter "entrado com o bonde andando" no processo, o atual presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, tem papel de destaque no andamento do projeto, iniciado na era Daniel Nepomuceno. Feliz com a aprovação das obras, ele corrobora com o discurso do parceiro.

"O estádio vai fazer toda a diferença na história do Atlético. Queira ou não, o futebol está ligado ao dinheiro. Todas as receitas (shows e outros eventos) serão revertidas para o Atlético; diferentemente do que acontece com outros clubes, que têm que dividir esse bolo com parceiros", destacou Câmara.

Palavra do CEO

Escolhido para ser o CEO da Arena MRV, que será construída num terreno doado pela família da construtora, o engenheiro civil Bruno Muzzi destrinchou algumas contrapartidas que serão dadas à cidade com a realização da obra.

"A Arena está promovendo muitas coisas. Desconheço no meu período de engenharia uma obra que entregou tanto para a cidade. Compramos uma área ao lado da Arena que será transformada num parque linear, que será mantindo, no mínimo, por 30 anos. Vamos fazer uma unidade básica nova no bairro Califórnia, faremos três passarelas sobre a BR-040 e muito mais", contou.

Além disso e de várias outras ações, Muzzi revelou que 1,5% da renda líquida será utilizado para ações sociais na Arena e que será feita uma quarta faixa na vida de acesso. A expectativa é que a nova casa do Atlético seja entregue, no máximo, em 30 meses.

Nome da marca

Uma das preocupações de Sérgio Sette Câmara é que o nome oficial do novo estádio do Atlético seja pronunciado nas transmissões de TV.

“Fazemos questão que a televisão chame nosso estádio pelo nome de Arena MRV. (O nome) vai aparecer em todas as partes do estádio e faz parte da negociação. Temos três, quatro anos de contrato com a Globo (que detém os direitos de transmissão). Na próxima negociação, vamos impor uma cláusula contratual. Não podem omitir (o nome Arena MRV), como fazem com alguns clubes. O investidor tem que ter o retorno da marca dele”, disse.

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