(Flávio Tavares)
Nesta quarta-feira (8), completa-se um ano de uma das maiores tragédias da história do futebol brasileiro, a goleada de 7 a 1 sofrida pela seleção para a Alemanha, no Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil. Perto do aniversário do vexame, novas revelações e detalhes de bastidores daquele jogo começam a vir à tona, entre análises e entrevistas de personagens daquele que deveria ter sido um divisor de águas no futebol brasileiro.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça (7), o treinador alemão, Joachim Löw, disse compreender a sensação vivida pelos brasileiros. Ele recordou a Copa do Mundo de 2006, quando o time então dirigido por Jürgen Klinsmann, e que tinha elecomo auxiliar, foi eliminado na mesma fase pelos italianos, que acabariam levantando a taça.
"O jogo (7 a 1) já entrou para a história do futebol alemão como uma vitória sensacional, que foi também a que me causou mais apreensão", disse o treinador,
Uma das mais recentes e surpreendentes histórias daquela partida veio a público por meio do jornal alemão “Die Welt”, que em sua edição do dia 28 de junho trouxe um das orientações de Joachim Löw para seus atletas no intervalo, quando a partida estava 5 a 0 para os germânicos.
"Durante o intervalo, falei com cada um dos jogadores, exigindo que evitassem uma arrogância para com os derrotados. Para mim, era importante não humilhar os brasileiros", disse Löw, em entrevista reproduzida pelo jornal O Globo.
Jogadores do elenco alemão também lamentaram a tristeza que causaram ao país. "Eu sei o que eles estavam sentindo naquele momento" - afirmou Lahm, ao falar sobre a dor dos brasileiros. "Também foi terrível quando a Alemanha foi eliminada tão perto da final de 2006, como anfitriões. Misericórdia não existe no futebol, mas lamentamos um pouco quando o país anfitrião é destruído dessa maneira. Isso não deve ser fácil", analisou o lateral , em entrevista recente à revista France Football.
Naquela ocasião o Brasil chegara à semifinal após passar pela Colômbia nas quartas de final. Sem Neymar, que se lesionou após sr atingido pelo colombiano Zuñiga, Felipão precisou fazer mudanças na equipe e tentou jogar de forma ofensiva contra os germânicos. O que se viu no Mineirão foi um "vareio de bola", com os visitantes marcando quatro gols em seis minutos e fechando o primeiro tempo com 5 a 0. No seguindo tempo, o treinador brasileiro ainda tentou mudar o panorama do jogo, mas os alemães foram impiedosos e ainda ampliaram o placar com muita facilidade, encerrando a contagem nos 7 a 1. Após a partida, Felipão e Parreira referiram-se ao fato como um "apagão".