Jogadores ficam em segundo plano e clubes aquecem mercado de treinadores

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
17/12/2016 às 08:37.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:07
 (Lucas Uebel)

(Lucas Uebel)

A primeira semana de mercado da bola termina hoje e a crise financeira dita o ritmo das negociações. Com ela, o desejo de se reforçar para 2017 não é o único ponto comum entre os principais clubes do país; quase todos estão unidos também pela falta de recursos para realizar grandes investimentos.

Como a pressão é grande, mas a grana é curta, a movimentação mais significativa até o momento tem sido no vai e vem de treinadores. Em campo, tentar segurar as principais peças é a tática da maioria dos grandes clubes do país, o que ajuda a travar o mercado.

Com o encerramento do calendário do futebol em 2016, o que se viu foi uma grande procura por novos comandantes.

No Atlético, quarto colocado no Campeonato Brasileiro, Marcelo Oliveira – demitido antes da decisão na Copa do Brasil, contra o Grêmio – foi substituído pelo bem cotado Roger Machado, ex-tricolor gaúcho.

Aos 41 anos e uma das promessas do mercado de treinadores, o ex-lateral chega para dar equilíbrio ao time alvinegro e brigar pelo bicampeonato da Libertadores.

29 trocas de comando foram realizadas durante o Brasileirão. cruzeiro, figueirense, inter e Corinthians, com três (cada), foram os recordistas

Abel Braga, que chegou a ser cotado no Galo, acabou acertando com o Fluminense. Após uma temporada frustrante, o time carioca dispensou o curitibano Levir Culpi e optou pelo retorno do velho conhecido.

No Vasco, recém-promovido à Serie A, o pedido de demissão de Jorginho acabou resultando no retorno de Cristovão Borges, que comandou o Corinthians no Brasileirão, antes de o Timão demiti-lo e contratar Oswaldo Oliveira.

Mais mudanças
Este, por sua vez, também não teve muito tempo de mostrar serviço no clube paulista. Com apenas nove jogos no comando alvinegro e sem garantir presença na Libertadores , Oliveira perdeu o cargo na quinta-feira. O desempregado Luxemburgo, e Guto Ferreira, técnico do Bahia, são os mais cotados para a vaga deixada pelo carioca.

Apesar do título brasileiro, o Palmeiras também não se livrou de começar 2017 com mudanças na comissão técnica. Cuca, responsável por encerrar o jejum de 22 anos sem conquistar a Série A, passará por um período sabático com a família.

Para substitui-lo, a cúpula do alviverde escolheu Eduardo Baptista, que estava na Ponte Preta.

No entanto, nenhum anúncio de técnico, envolvendo clubes grandes do Brasil, chamou mais atenção do que a aposta do São Paulo em Rogério Ceni.

Ex-goleiro do clube durante mais de duas décadas, Ceni substituirá Ricardo Gomes e tem a missão de fazer história também do lado de fora do campo.

No Sul, o rebaixado Internacional demitiu Lisca – após três jogos – e anunciou Antônio Carlos Zago. 

“Tenho mais um ano de contrato e pretendo ficar até final. Quem sabe renovo com o Galo, que é um time maravilhoso”Robinho, atacante


Mineiros são cobiçados por equipes paulistas

Enquanto apenas o Cruzeiro anunciou reforços para o próximo ano – o zagueiro equatoriano Caicedo, ex-Del Valle, e o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, ex-Botafogo –, o futebol mineiro se tornou alvo de especulações envolvendo a chegada e saída de atletas.

Ainda pelos lados da Toca da Raposa II, muito se fala de uma possível ida do atacante Willian para o São Paulo. Nos bastidores, inclusive, é ventilada uma possível troca do “Homem do Bigode” pelo zagueiro Hudson e o meia Wesley, ambos do Tricolor.

Outro reforço que pode pintar no time celeste é o atacante Marcelo Moreno. Maior artilheiro estrangeiro da história da Raposa, com 45 gols, o boliviano, que estava no Changchun Yatai-CHI, negocia o retorno ao time pelo qual entrou em campo 93 vezes.

Já o lateral-direito Fabiano, campeão brasileiro pelo Palmeiras, é outro que está nos planos para 2017. O jogador, que pertence à Raposa, é um dos desejos do técnico Mano Menezes para ocupar uma das opções mais caóticas da equipe nesta temporada.

Galo requisitado

Assim como no Cruzeiro, a situação no Atlético é de indefinições e especulações envolvendo peças importantes do time.

Criado na Vila Belmiro e uma das maiores revelações da história do Santos, Robinho se tornou desejo no antigo clube.

Artilheiro do Brasil em 2016, com 25 gols, ele rechaça a possibilidade de deixar o Galo.

O Cruzeiro acertou nessa sexta-feira (16) o empréstimo por um ano, à Chapecoense, do zagueiro Douglas Grolli, que defendeu o clube em 2014

Usando as redes sociais, o camisa 7 desmentiu ter se reunido com a diretoria santista e chamou a informação, compartilhada em vários veículos de comunicação, de “leviana”.

Se não consegue tirar Robinho do Atlético, o Santos levou a melhor na disputa com o Galo pelo zagueiro Cléber, ex-Corinthians e que estava no Hamburgo, da Alemanha.

Outro que desperta a cobiça paulista é Lucas Pratto. Constantemente convocado para a seleção argentina, ele virou sonho de consumo do Palmeiras.

Para levar o jogador, a dona do patrocinador master do alviverde, inclusive, prometeu não medir esforços. Os R$ 24,6 milhões oferecidos, porém, representam metade do que pede a diretoria atleticana.

Como reforços para o alvinegro, fala-se do volante Arouca, do Palmeiras, e dos zagueiros Cáceres, ex-Juventus, da Itália, e Bruno Rodrigo, ex-Cruzeiro. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por