Jogos Paralímpicos chegam ao fim e já deixam saudade. Brasil termina em oitavo

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
18/09/2016 às 21:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:53
 (CPB/divulgação)

(CPB/divulgação)

Por um mês e meio, os olhos e atenções do esporte mundial estavam voltados para o Rio.

E o temor de que o país não fosse capaz de receber de forma digna os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deu lugar a elogios, ao sucesso dentro e fora de quadras, campos, piscinas e pistas, ainda que com uma boa e providencial dose de jeitinho 100% verde e amarelo.

A festa de encerramento da Paralimpíada, ontem, no Maracanã, marcou a despedida de um período único em que os melhores atletas do planeta, homens e mulheres que não conhecem limites, exibiram, em solo brasileiro, todo seu talento, força e capacidade de superação.

E só voltarão a se reunir daqui a quatro anos, em Tóquio. Mas deixam de presente imagens, momentos, exemplos e um legado que, espera-se, não ficará apenas nas promessas.

Se a delegação paralímpica terminou os Jogos abaixo da meta inicial, que era de ocupar um posto entre os cinco primeiros países, o oitavo lugar final, com 14 medalhas de ouro, está longe de ser motivo de vergonha.

Como na Olimpíada, foi possível acompanhar o crescimento de modalidades que nunca haviam pisado no pódio, como o ciclismo, o halterofilismo e a canoagem de velocidade, bem como a força do exemplo de campeões como o nadador potiguar Clodoaldo Silva, que se despede com 14 medalhas em cinco edições paralímpicas; seu discípulo Daniel Dias, que se tornou o maior atleta da história dos Jogos (24 medalhas); e a Seleção Brasileira de futebol de 5, tetracampeã invicta.

O público deu um show à parte, lotando o Parque Olímpico e aplaudindo atletas que, acima de tudo, não buscavam compaixão, mas o merecido reconhecimento pelo esforço.

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O fogo paralímpico se apagou com mais um show multisensorial, de cores, sons, luzes e estímulos. Nos casos de países que já não contavam com representantes, as bandeiras foram levadas por voluntários – a brasileira foi conduzida por Ricardinho, melhor jogador do mundo no futebol de 5 e autor do gol do ouro paralímpico diante do Irã.

E o batuque do silêncio comandado por Mestre Batman mostrou que o fato de não ouvir não é empecilho para fazer som e ritmo.

Música, aliás, que deu o tom, com direito a números da Nação Zumbi, Gaby Amarantos, Céu, Vanessa da Mata e Ivete Sangalo, como que a deixar um último gostinho verde e amarelo para atletas, dirigentes e visitantes de todo o mundo.

Último bronze

Ontem ainda foi dia de competição, com o Brasil garantindo sua 72ª medalha na competição (recorde no total). A baiana Edneusa Dorta ficou com o bronze na maratona, classe T12 (deficiência visual avançada).

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