José Maria Marin garante Dunga no comando da Seleção até 2018

Álvaro Castro - Hoje em Dia
22/07/2014 às 14:53.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:29
 (Rafael Ribeiro)

(Rafael Ribeiro)

Mesmo próximo de deixar o comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin fez questão de "blindar" Dunga, novo treinador da Seleção Brasileira. Durante a entrevista que apresentou o novo comandante canarinho, o mandatário (que deixará o cargo em abril de 2015) Marin fez questão de salientar que trata-se de um projeto de longo prazo que será comandado por Gilmar Rinaldi, Dunga e Gallo.

"O nosso projeto é ter o Dunga na copa de 2018. Na escolha houve a troca de ideias entre todos, especialmente eu e o Marco Polo, no sentido da continuidade. Após a nossa conversa inicial, conversamos com o Gilmar e com o Gallo e finalmente com o Dunga. Ele ouviu atentamente o nosso projeto, que se estende até 2018", disse de forma taxativa.

Com isso, a situação do novo treinador parece ficar um pouco mais tranquila. Vale lembrar que há quatro anos, quando era Dunga quem deixava o comando da Seleção, Marin prestigiou bastante Mano Menezes, que acabou sendo substituído por Felipão antes do encerramento do ciclo de quatro anos, que também havia sido "prometido".

José Maria Marin ainda se debruçou longamente sobre a escolha de Gilmar Rinaldi para o comando geral da Seleção. Mesmo quase uma semana após o anúncio do ex-goleiro como coordenador, seu nome ainda não é uma unanimidade e gera questionamentos por diversos profissionais de imprensa. O ponto mais capicioso é a longa carreira do dirigente como empresário de jogadores, entre eles o centroavante Adriano.

"Todos nós sabíamos que o Gilmar era empresário. Eu tinha certeza que após a divulgação, a sua vida seria levantada em todos os aspectos.Só me resta cumprimentá-lo já que não ouvi nada a respeito de seus antecedentes a não ser muitos elogios como atleta, como homem, como chefe de família e principalmente sobre sua integridade. Ele teve a coragem e a dignidade de após ser convidado, deixar oficialmente de ser agente Fifa", ponderou.

"A minha vida sempre foi assim. As coisas são muito claras e de frente. Eu era empresário e tinha muito orgulho, não posso ser hipócrita. Quando fui diretor do Flamengo era assim, falo as coisas que são importantes de serem ditas. No dia que fui convidado o alertei que o senhor (José Maria Marin) levaria pancada. Eu não fui convidado, fui convocado e com o tempo vocês poderão julgar meu trabalho", acrescentou Gilmar Rinaldi.

Marin ainda precisou ser criativo e paciente para responder a um questionamento sobre a preparação da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo. Após a eliminação e mesmo durante o Mundial, foram feitos vários questionamentos à estrutura e à exposição para alguns excessiva do time canarinho. MArin acatou a crítica como uma sugestão e pediu para que os demais interessados sigam enviando ideias para a CBF.

"Com relação à Graja Comary, quando fizemos a reforma, pensamos em primeiro lugar na privacidade, segundo o conforto para os jogadores e terceiro a segurança. Eu estive lá e conversei muito com o responsável pela segurança e nós já estamos pensando isso. Estamos esperando apenas as primeiras providências do Dunga e do Gilmar para estudarmos a melhor maneira de garantir privacidade, sem causar prejuízo ao trabalho da imprensa, para que ele tenha  a maior liberdade de treinamento e as melhores condições. Já estamos analisando as regras do condomínio para que possamos fazer alterações que respeitem os demais proprietários do lugar', completou.

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