Judô brasileiro tem desempenho pior que em Londres

Bruno Moreno - enviado especial
bmoreno@hojeemdia.com.br
13/08/2016 às 12:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:21
 (AFP)

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RIO DE JANEIRO – A medalha de bronze conquistada por Rafael Silva, o Baby, na categoria acima de 100kg, ontem, no encerramento das disputas do judô na Olimpíada 2016 serviu para diminuir, mas não para apagar o baixo desempenho do Brasil na modalidade, que carregava uma expectativa muito maior dentro da previsão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) de ocupar um lugar no top 10 no quadro de medalhas.

A simples comparação com os Jogos de Londres, em 2012, já evidencia a queda brasileira, embora no quadro geral de medalhas específico do esporte a sexta colocação tenha sido mantida. Na capital inglesa, o nosso judô conquistou um ouro e três bronzes. Quatro anos depois, dentro de casa, repetiu um ouro, mas os bronzes caíram para dois.

Em 2014, logo depois de o país conquistar seis medalhas no Mundial disputado no Rio de Janeiro, um evento-teste para a Olimpíada, o COB, dentro das suas projeções para alcançar o top 10, colocou o judô com capacidade de alcançar cinco pódios nestes Jogos, um a mais que em 2012.

EXPECTATIVAS
Mas dos atletas considerados com potencial de medalha, apenas Rafaela Silva (ouro), Mayra Aguiar (bronze) e Rafael Silva (bronze) corresponderam às expectativas. Sarah Menezes, campeã olímpica em Londres, decepcionou, assim como Felipe Kitadai, que tinha conquistado o bronze há quatro anos. Isso sem falar em Tiago Camilo, Erika Miranda e Mariana Silva, sendo que esta última chegou à semifinal na categoria até 63kg, mas perdeu as duas últimas lutas e ficou de fora do pódio.

Logo após a convocação da equipe brasileira, no início de junho deste ano, Ney Wilson, gestor técnico de alto rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) evitou fazer uma previsão do número de medalhas que seriam conquistadas pela modalidade, para evitar jogar pressão sobre os atletas, como aconteceu em Londres, por exemplo.

Mas garantiu que o objetivo era uma evolução quantitativa ou qualitativa em relação aos Jogos de 2012. As disputas do judô terminaram ontem. E a modalidade não alcançou nem uma coisa, nem outra.Editoria de Arte

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