Justiça do Trabalho concede liminar a Dedé e autoriza rescisão do contrato do jogador com o Cruzeiro

Lucas Borges
@lucaslborges91
22/02/2021 às 14:15.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:14
 (Bruno Haddad/Cruzeiro)

(Bruno Haddad/Cruzeiro)

A Justiça do Trabalho concedeu, nesta segunda-feira (22), uma liminar a favor do zagueiro Dedé, que permite a rescisão do contrato do defensor com o Cruzeiro.

O juiz Fábio Gonzaga de Carvalho, da 48ª Vara do Trabalho, acatou o pedido do jogador, que requereu o rompimento unilateral do vínculo - previsto para se encerrar em dezembro de 2021 -, alegando atrasos no repasse Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A legislação brasileira prevê a validade da rescisão quando o empregador deixa de repassar o FGTS por período igual ou superior a três meses.

Na decisão, o magistrado informou ainda que o Cruzeiro não contestou a acusação do zagueiro em relação ao não cumprimento dessa obrigação.

A informação sobre a liminar conseguida por Dedé foi publicada inicialmente pelo ge.globo e confirmada pelo Hoje em Dia.

O Cruzeiro, por meio de sua assessoria de comunicação, não quis se manifestar sobre a decisão.

 O processo

No início de janeiro Dedé, ingressou com uma ação na Justiça do Trabalho cobrando do Cruzeiro um valor superior a R$ 35 milhões, referentes ao não pagamento de verbas trabalhistas, além da rescisão do contrato.

De acordo com a defesa do jogador, a Raposa deve ao zagueiro seis meses de salário (R$ 450 mil por mês), dez de direitos de imagem (R$ 300 mil por mês) e quatro de depósito de FGTS. Além disso, segundo o zagueiro, há outras pendências referentes a 2019.

No entanto, o primeiro pedido de liminar para a interrupção do vínculo, ajuizado no dia 4 de janeiro, foi indeferido pela Justiça.

Na segunda tentativa de se desvincular da Raposa, novo revés. Em decisão no dia 29 de janeiro, além do pedido de rescisão negado, o jogador foi condenado a pagar as custas da ação, estimadas em R$ 277.813,33.

Na peça em questão, a defesa do zagueiro usou uma argumentação que gerou grande polêmica na ocasião. Na argumentação do pedido, os advogados do jogador afirmaram que ele vivia situação análoga à escravidão na Raposa, ponto que foi indeferido pelo magistrado. 

As partes ainda participarão de uma audiência de conciliação para tratar sobre os pedidos reclamados pelo defensor. 

Trajetória

Dedé passou o ano de 2020 no departamento médico, em recuperação uma lesão no joelho direito, uma das várias que sofreu ao longo de sua trajetória na Toca, iniciada em 2013.

Com a camisa celeste, o zagueiro de 32 anos disputou 188 partidas, fez 15 gols e conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro (2013 e 2014), da Copa do Brasil (2017 e 2018) e do Campeonato Mineiro (2014,2018 e 2019).

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