Kalil define sucesso mineiro nos últimos anos como milagre

Frederico Ribeiro e Alexandre Simões - Hoje em Dia
31/10/2015 às 10:28.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:17
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

“O que o futebol mineiro fez nesses últimos anos é um milagre”. Foi assim que o ex-presidente Alexandre Kalil, hoje diretor executivo da Liga Sul-Minas-Rio, avaliou a desigualdade financeira entre Atlético e Cruzeiro com os grandes times do Rio de Janeiro e São Paulo.

Os R$ 50 milhões a mais que recebe o Corinthians da TV significam R$ 4,16 milhões extras por mês, um valor que representa 70% da folha salarial do Atlético, que gira em torno de R$ 6 milhões.

Nos estaduais, por exemplo, a diferença no repasse dos direitos de transmissão é assustador. Enquanto o Corinthians recebe R$ 24 milhões, Galo e Cruzeiro levam R$ 7 milhões. A diferença nas cifras foi catapultada pelos R$ 10 milhões que a TV pagou para os grandes de São Paulo não acertarem contrato com a concorrência. Para o ano que vem, especula-se que o valor desta luva dobrará.

“Enquanto nós estivermos às moscas no futebol e não tivermos quem pegue e resolva, nós não vamos fazer. Então, temos que meter o pé na porta mesmo pois o jeito manso já foi tentado. Enquanto o Santos recebe R$ 24 milhões no Campeonato Paulista, Atlético e Cruzeiro recebem R$ 7 milhões. É o Santos, não é o Corinthians. É o Santos, o Palmeiras, clubes que são a metade de Atlético e Cruzeiro”, afirmou Kalil, em entrevista à Rádio Itatiaia.

A maior exposição na televisão, somada ao número maior de torcedores, transformam o Corinthians num produto mais valioso.

No patrocínio master de camisa deste ano, o clube arrecada cerca de duas vezes o valor recebido pelo Atlético, pois ganha R$ 30 milhões da Caixa. No ano passado, segundo os balanços, o Timão faturou R$ 62 milhões com publicidade e patrocínio. O Atlético embolsou R$ 23 milhões.

COMPLICAÇÕES

Apesar de ter fontes de renda de primeira linha, a situação financeira do Corinthians não é um mar de rosas. Há uma dívida quase bilionária com o fundo responsável pela Arena Itaquera. O Timão foi o segundo clube que mais se endividou de 2013 para 2014, por exemplo, só perdendo para o Botafogo. Isso se refletiu diretamente no andamento do time. Os jogadores chegaram a ficar por 10 meses sem o pagamento de direitos de imagem. A quitação do débito só ocorreu há poucas semanas.

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