La Bestia: temor dos clubes sul-americanos, Raposa encara carrasco de brasileiros

Rodrigo Gini
rgini@hojeemdia.com.br
17/09/2018 às 21:39.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:30
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

"La Bestia" dos brasileiros contra "La Bestia Negra". Ou, simplesmente, Boca Juniors versus Cruzeiro. A briga é de camisas pesadas e muita tradição pelas quartas de final da Copa Libertadores, a partir de quarta-feira (19). Os primeiros 90 minutos serão disputados às 21h45, no Estádio La Bombonera, em Buenos Aires. 

Se o time celeste ganhou, desde o primeiro título da competição, em 1976, a alcunha de pesadelo dos rivais sul-americanos – o que prosseguiu com as conquistas da Supercopa e o segundo troféu de melhor time da região, em 1997 –, não há como negar que os Xeneizes, com suas seis conquistas, são uma instituição do futebol argentino. 

Donos de uma arena que pulsa, o Boca é capaz de intimidar os menos preparados e exige, dos adversários, muita frieza e eficiência para sair com um resultado positivo. E que já mostraram ser capazes de garantir os resultados de que necessitam mesmo como visitantes – foi assim que levaram a melhor sobre a Raposa nas oitavas, em 2008. N/A / N/A

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O time celeste, que luta para vencer pela primeira vez um argentino em mata-matas pela competição (a conquista de 76, diante do River, exigiu o jogo desempate), joga também para passar a integrar um grupo seleto: o de brasileiros que levaram a melhor sobre o clube da camisa azul e ouro na Libertadores, apenas três.

O primeiro foi o lendário Santos de Pelé e Coutinho, na decisão de 1963, com direito a vitória na Bombonera. Desde então, foi necessário esperar 35 anos até que o Fluminense, do técnico Renato Gaúcho, arrancasse o empate na Argentina e vencesse no Rio para avançar à final. 

O mais recente foi o Corinthians, no ano que entrou para a história do “bando de loucos”: o título de 2012 veio com o 1 a 1 na casa do rival e o 2 x 0 no Morumbi – em seguida o técnico Tite e seus comandados bateriam o Chelsea no Mundial Interclubes.

A delegação celeste treinou ontem pela manhã na Toca II e embarcou no começo da noite em voo fretado, sem o uruguaio De Arrascaeta, que não se recuperou da contusão na coxa sofrida na vitória sobre o Palmeiras, pela Copa do Brasil. 

Os jogadores farão uma atividade fechada às 16h no Nuevo Gasómetro, estádio do San Lorenzo. Em seguida, fazem o reconhecimento do palco da partida de amanhã, sem poder usar chuteiras ou trabalhar com bola.

No Boca, o técnico Guillermo Barros Schelotto só não conta com um velho conhecido: Ramón Ábila, que cumpre suspensão por uma irregularidade cometida ainda quando jogava no Huracán, em 2015.

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