Entrevista

Lateral Patric fala da relação com Minas, das conquistas e dos planos para a carreira

Angel Drumond
Publicado em 06/11/2023 às 06:00.
Sou muito feliz e realizado por poder atuar nos três clubes de BH. Tenho muito respeito pelos três. Poder vestir a camisa, poder visitar os clubes é o que realmente marca (AV Assessoria/Divulgação)

Sou muito feliz e realizado por poder atuar nos três clubes de BH. Tenho muito respeito pelos três. Poder vestir a camisa, poder visitar os clubes é o que realmente marca (AV Assessoria/Divulgação)

Nascido em Criciúma, Santa Catarina, mas mineiro de coração, o lateral-direito Patric, de 34 anos, que jogou nos três maiores times do Estado, tem verdadeira paixão e identificação com Minas Gerais. 

Além de Cruzeiro, Atlético e América, Patric também jogou no Athletic, de São João del-Rei, conquistando a Recopa Mineira pela equipe, e no Itabirito, venceu o Módulo II do Campeonato Mineiro e obteve o acesso a divisão de elite em 2024.

No segundo semestre, Patric foi jogar no Amazonas e pela primeira vez conquistou um título nacional, o de Campeão Brasileiro da Série C, confirmando o ano de 2023 como vitorioso em sua carreira. 

Patric bateu um papo com o Hoje em Dia e falou da relação com os clubes mineiros. O atleta também comentou sobre a carreira, os planos para o futuro como empresário de atletas ou gestor de futebol. 

Esse ano de 2023 foi o mais importante da carreira? Pelas conquistas e a importância que teve em ambas as equipes?
Foi um ano muito importante, ano onde priorizei a família, todo mundo sabe que tenho um carinho enorme e dedicação por Minas Gerais, tanto que hoje moro em Nova Lima, então, estou muito feliz e a decisão foi de ficar mais próximo de casa, próximo do meu filhão, de ver o crescimento dele. Ano especial de conquistas, dois acessos e quatro títulos, portanto estou muito feliz. 

Como é sair de clubes badalados e encarar clubes novatos? A estrutura dos dois clubes, que são SAF, pode ser comparada com algum que já passou?
Foi muito tranquilo, uma vez que tenho me preparado financeiramente ao longo da minha carreira, mentalmente, fisicamente também. Acredito que a SAF já é uma realidade muitos clubes estarão mudando em breve, então resolvi, além da performance, escolher um caminho onde estaria aprendendo com empresários, estudando a faculdade da vida na prática. Então a minha decisão desse ano de ir para clubes novos foi pautado em conhecer mais sobre o assunto SAF e entender também sobre o meu futuro quando resolver me aposentar. 

Acredito que a estrutura de um clube SAF é uma construção, já que alguns já possuem e outros ainda estão na fase de planejamentos. O tempo vai facilitar para que todos entendam as principais características de uma boa estrutura. 

Na carreira títulos foram estaduais, além da Flórida Cup de 2016, com o Atlético. Como é conquistar o primeiro título nacional? 
Muito feliz pelo título do Campeonato Brasileiro. Uma conquista extraordinária, fantástica, maravilhosa e especial. O Amazonas merecia e o povo amazonense também, então foi um momento lindo da minha carreira.<EM>

A relação e o carinho que teve nas duas cidades, sendo que em Itabirito virou ídolo, dentro e fora de campo, é algo especial nesses 34 anos de vida? E ainda poder ver a vibração do filho Dominic com as conquistas alcançadas nesta etapa da carreira.

Itabirito é uma cidade maravilhosa, onde o carinho comigo, com o Dominic, com a minha família é incrível. Sem dúvida, onde tenho passado tenho virado referência pelo meu histórico de vida, pelo meu histórico familiar, pelo meu trabalho, pelo quanto me dedico pela camisa do clube onde eu visto. Sou um cara muito simples também, e acho que tudo isso facilita para a identificação com o torcedor. Estou sempre falando com os torcedores. 

Quais os rumos da carreira para 2024? É disputar a B com o Amazonas ou buscar voos maiores dentro ou fora do Brasil?
Ainda é muito cedo para falar de 2024, acabei de ser campeão, estou curtindo meus dias de folga. Então vou aguardar e junto do meu advogado ver as possibilidades para entender qual o cenário, quais são as oportunidades. 

Você jogou pelos 3 times da capital mineira. Conte um pouco sobre cada passagem e qual foi a que te marcou mais. 
Sou muito feliz e realizado por poder atuar nos três clubes de Belo Horizonte. Tenho muito respeito pelos três. É claro que existe identificação com um ou outro, mas poder vestir a camisa, poder visitar os clubes é o que realmente marca, é o que realmente fica. Só posso agradecer essa identificação com o povo mineiro. 

O Patric já pensa na aposentadoria, ou ainda vai se manter com as chuteiras nos gramados?
Penso que posso jogar mais três anos em alto nível, já que tenho 34 anos. Creio que a gente vem construindo e se reinventando também como jogador. A medicina tem melhorado muito e a evolução no futebol também tem acontecido, então isso é importante e bom para o atleta. Existem vários cases de sucesso como o Rafinha, do São Paulo, que me inspira muito, o Felipe Luís, do Flamengo, então é seguir performando, seguir conquistando títulos e isso só aumenta a vontade de continuar jogando. 

Depois da carreira de jogador, você pensa em continuar no futebol como dirigente ou talvez empresário?
Ainda não penso no pós-carreira, é lógico que a gente tenta imaginar. Mas com certeza a ideia é ser um empresário de atletas, ajudar o atleta na transição financeira e emocional, e contribuir na gestão como um diretor esportivo.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por