(Schalke 04/Divulgação)
Da terra das minas de metais para a cidade do carvão mineral. Do pequeno município de São Brás do Suaçuí, passando pela capital Belo Horizonte, até aterrissar em Gelserkichen, na Alemanha. De revelação do Atlético, aos 18 anos, a ídolo do Schalke 04. O meia-atacante Lincoln é o personagem que liga as duas equipes. Então, nada mais justo do que a presença do ex-jogador na partida entre os dois times, na Florida Cup, em janeiro.
Em uma reedição do duelo de 1950 durante a excursão europeia na qual o Galo foi consagrado “Campeão do Gelo”, o ex-atleta será homenageado pelos dois clubes. Lincoln terá a responsabilidade de dar o pontapé inicial da partida, marcada para 13 de janeiro, em Fort Laudardale (EUA).
O convite partiu de Ricardo Silveira, presidente da 2SV Sports, empresa organizadora da competição. “Fiquei muito feliz, com certeza. Já conversei com o Eduardo Maluf e a Adriana Branco (diretores do Galo) e com o presidente do Schalke, e darei o pontapé inicial. O convite partiu do dono da Florida Cup, do organizador. Por eu ter jogador nos dois clubes, ele teve essa sacada”, confirmou o ex-atleta ao Hoje em Dia.
Lincoln chegou ao Atlético aos 9 anos, em 1988, se profissionalizou em 1997 e acabou vendido ao Kaiserslautern-ALE em 2001. O maior momento pelo clube foi o gol do título mineiro de 1999, na vitória por 1 a 0 sobre o América.
Em 2004, foi transferido para o Schalke 04, onde permaneceu até 2007. Camisa 10 dos “Azuis Reais”, Lincoln viveu o auge da carreira: foi duas vezes vice-campeão da Bundesliga, conquistou a Copa Alemã (2005) e a Taça Intertoto da UEFA (2004). “Visito a Alemanha sempre que possível. Há 20 dias, estava lá. O reconhecimento deles é ótimo, valorizam o trabalho. Foram ótimos três anos, e tenho o meu nome gravado lá. É motivo de muito orgulho”.
Retorno impedido
Em 2010, Lincoln deixou o futebol europeu e foi anunciado como reforço do Palmeiras. Mas ele poderia ter voltado ao Galo. Em litígio com o Galatasaray, o meia foi sondado pelo Atlético, mas os altos valores pedidos pelos turcos impediram a contratação.
“Houve uma conversa na época. O Galatasaray pediu um valor alto para me liberar. E o Atlético não tinha como bancar”, explica. Segundo informações da época, a saída de Lincoln de Istambul custou 2,1 milhões de euros ao Verdão.