Lutadores de MMA fazem doação às vítimas de tragédia de Mariana

Hoje em Dia
20/11/2015 às 15:36.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:01
 (Divulgação)

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Seis lutadores de MMA decidiram se unir para ajudar as vítimas do rompimento da barragem da mineradora Samarcose na cidade de Mariana, que causou uma devastadora corrente de lama e rejeitos sólidos que alcançou o Rio Doce e deixou milhares de pessoas da população mineira sem água potável para consumo. Augusto Tanquinho, Davi Ramos, Dudu Dantas, Gleison Tibau, Marlon Moraes e Viscardi Andrade garantiram a entrega de mais de 2.000 litros de água mineral em doação à Cruz Vermelha do Rio de Janeiro. Na madrugada desta sexta-feira (20), o caminhão da instituição seguiu rumo o local da tragédia com a doação dos atletas.

Na quinta-feira (20), Dudu Dantas acompanhou a entrega e ajudou no estoque do material na sede da Cruz Vermelha, que fica no Centro da capital fluminense, representando os atletas envolvidos na ação.

"Assim como todo o país, meus amigos de luta e eu ficamos chocados com o que aconteceu com a população da região de Mariana. Pelas imagens que vimos, deu para imaginar o sofrimento dessas pessoas. Junto com o Tanquinho, Davi Ramos, Tibau, Marlon Moraes e Viscardi, decidimos fazer algo para ajudar esse povo. Nossa doação é pouca perto do que os afetados pela tragédia precisam, mas esperamos que esse seja o pontapé inicial de uma série de doações que os integrantes no mundo da luta no Brasil podem e devem fazer", comentou Dudu, natural do Rio de Janeiro.

Davi Ramos e Viscardi Andrade bem que queriam estar no momento da entrega da doação, mas compromissos profissionais fizeram com que eles acompanhassem a ação de longe. Em São Paulo, o lutador do UFC enfatizou a importância do ato. "O brasileiro é um povo solidário e aquelas pessoas precisam de nós. Eles não têm água potável para nada, e qualquer doação é bem-vinda". Na Rússia para acompanhar uma competição de jiu-jitsu, o carioca enfatizou as palavras de Viscardi. "Unida, a nação brasileira faz a diferença. Seja essa diferença".

As doações dos lutadores seguiram para a base da Cruz Vermelha montada em Minas Gerais, próxima ao local da tragédia. Em conjunto com a Defesa Civil mineira, a entidade recebe os pedidos de água e destina as doações até os necessitados. Estima-se que o número de atingidos diretamente pelo acidente seja de 35.000 pessoas - números da Cruz Vermelha RJ -, além dos milhões que sofrem indiretamente com o caos causado pelo rompimento das barragens e os dejetos que chegaram até o Rio Doce, responsável pelo abastecimento de água de mais de 10 cidades da região.

"Estrangeiros"

Augusto Tanquinho, Gleison Tibau e Marlon Moraes, por melhores condições de treinos na carreira, atualmente não moram no Brasil. Mas isso impede que eles continuem atentos aos acontecimentos do país. Natural de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro, Marlon sentiu de perto as dores de uma tragédia. Em 2011, sua cidade e localidades vizinhas sofreram com fortes chuvas e mais de 900 pessoas morreram. Ao assistir reportagens sobre o ocorrido em Minas Gerais, a lembrança foi imediata para Marlon. "Impossível não lembrar do que vivi junto com minha família e amigos em 2011. Faço ideia da dor que as pessoas da região afetada por esse desastre ambiental estão sentindo, e por isso me mobilizei para enviar minha pequena ajuda", recordou.

Além da doação, os seis atletas e a empresa Marketing Esporte Clube, responsável pelo desenvolvimento da ação, se tornaram parceiros da Cruz Vermelha Brasileira, e receberam um ofício de agradecimento das mãos e assinado por Luiz Alberto Lemos Sampaio, presidente da instituição na filial Rio de Janeiro.

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