Máfia Azul e Pavilhão brigam na BR-040 e tumulto acende alerta para Cruzeiro x Palmeiras; veja vídeo

Guilherme Piu
04/12/2019 às 16:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:55
 (Reprodução)

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A partida entre Cruzeiro e Palmeiras pode ser apenas pano de fundo no domingo, no Mineirão, na última rodada do Campeonato Brasileiro, caso as autoridades não tomem medidas preventivas a fim de evitar novos confrontos entre duas torcidas organizadas da Raposa. 

Em rota de colisão há meses, Máfia Azul e Pavilhão Independente protagonizaram mais um confronto nesta semana, desta vez na estrada que liga Minas Gerais ao Rio de Janeiro. 

No retorno das caravanas de ambas as organizadas, que estiveram na capital carioca para o jogo entre Vasco e Cruzeiro, na última segunda-feira, houve início de confusão e briga no meio da BR-040. 

Segundo apurou o Hoje em Dia, o confronto ocorreu quase na divisa entre o Estado Fluminense e a cidade de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. 

A reportagem recebeu vídeos da confusão no meio da rodovia. E pessoas ligadas às torcidas organizadas comprovam que a confusão aconteceu no retorno das caravanas na madrugada de terça-feira. Apesar disso, a Polícia Rodoviária Federal informa que não há registro de ocorrência de brigas envolvendo as duas faccções em estradas de Minas Gerais e nem do Rio de Janeiro.

As imagens obtidas pelo HD mostram correria, estouro de foguetes e rojões. Informações dão conta também que até tiros foram disparados no conflito. Não há até então registro de feridos.

Tretas

O episódio foi só mais uma tentativa de briga entre as duas organizadas, “em guerra” que se acentuou desde o jogo contra o Flamengo, em 21 de setembro, no Mineirão, onde membros da Máfia Azul acusam à Torcida Pavilhão Independente de armar emboscada dentro do estádio com ajuda de torcedores do Flamengo. 

Ainda de acordo com informações recebidas pelas reportagem, a Pavilhão Independente não teve acesso ao estádio de São Januário, casa do Vasco, por descumprimento de ordem na chegada ao Rio de Janeiro. Somente os integrantes da Máfia Azul foram liberados a acessar o estádio na última segunda, quando o Cruzeiro perdeu por 1 a 0 e teve sua vida ainda mais complicada no luta contra o rebaixamento no Brasileirão. 

A Pavilhão, segundo o Tenente-Coronel da PM do Rio, Silvio Luiz, descumpriu o combinado para a escolta da estrada até o estádio. 

“Não houve brigas envolvendo essas organizadas nas imediações do estádio. O que aconteceu foi que uma das torcidas descumpriu o acordo previamente feito, de esperar em um ponto de encontro em Petrópolis para que os veículos fossem escoltados até São Januário. Essa organizada chegou antes à cidade, se dirigiu a uma favela para confraternizar com membros de uma organizada do Flamengo, e não houve tempo hábil para o traslado ao estádio. Quando tudo aconteceu os portões estavam fechados”, explicou o comandante do Batalhão à reportagem do Hoje em Dia. 

No dia 31 de outubro, antes do jogo entre Botafogo e Cruzeiro, no estádio Nilton Santos, também no Rio de Janeiro, o Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios (Bepe) apreendeu inúmeros objetos que poderiam ter causado confusões e ferimentos nas pessoas. 

Além de duas pistolas, os militares cariocas apreenderam 21 cabos de enxada e cinco estacas de madeira. Todo o material apreendido foi divulgado nas redes sociais da corporação.

Mineirão e PM

Palco do último jogo do Cruzeiro na temporada, o Mineirão não divulga de forma antecipada o esquema de segurança para a partida da Raposa contra o Cruzeiro. 

A administração do estádio vai esperar a reunião na Federação Mineira de Futebol (FMF) que definirá detalhes do jogo. Na tarde desta quarta-feira o Cruzeiro protocolou na FMF o pedido para jogar com torcida única contra o Palmeiras. O pedido será analisado pela Confederação Brasileira de Futebol, que deve se pronunciar nos próximos dias. 

De acordo com apurações do HD, o departamento de segurança do Mineirão já tem a informação de que as duas organizadas do Cruzeiro se enfrentaram na estrada, no retorno do Rio de Janeiro a BH. 

O HD também entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais para saber se a corporação tinha conhecimento do ocorrido na BR-040, e se haveria algum registro de ocorrência em algum estabelecimento já em solo mineiro. No entanto a PM informou que nenhuma ocorrência foi registrada. 

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