A representante médica da Federação Internacional de Futebol (Fifa) no Irã rebateu as acusações da imprensa estrangeira de que algumas jogadoras da seleção de futsal feminina iraniana, campeã da Ásia, eram homens.
"Todas as acusações feitas contra a equipe de futsal feminina são falsas, elas não têm nenhuma base científica", declarou a médica Zohreh Haratian, citada nesta terça-feira pelo jornal Shargh.
"Não se pode acusar uma pessoa (...) por causa de sua aparência e sem prova científica", ressaltou. Poucos dias depois da vitória iraniana na final do primeiro campeonato feminino da Ásia de futsal na Malásia, a imprensa afirmou que oito atletas eram homens.
Segundo o jornal britânico Daily Telegraph, que cita fontes iranianas, alguns jogadores fizeram cirurgia para mudar de sexo ou sofriam de distúrbios sexuais. A televisão saudita Al-Arabiya divulgou informações similares. Pouco antes, o site da televisão iraniana havia indicado que algumas jogadoras tinham uma aparência masculina e outras um "jeito de homem".
"De acordo com as regras, o representante médico da Fifa deve determinar o sexo dos integrantes da equipe antes de conceder-lhes permissão para participar em competições internacionais", lembrou Haratian, antes de explicar que as verificações foram realizadas.
Zohreh Haratian, também membro da comissão médica da Confederação Asiática (AFC), disse que a Fifa deve se pronunciar em breve sobre este assunto e "responder às acusações dos meios de comunicação estrangeiros."