Um ano. Este tempo, no ‘mundo da Fórmula 1’, representa uma eternidade. Os 365 dias a mais que a Honda terá para colocar os novos motores V6 na pista já preocupam as fabricantes rivais pensando no Campeonato Mundial de 2015. Concorrentes diretos da marca japonesa, Ferrari, Renault e Mercedes se queixaram e afirmaram que, se nenhuma solução for encontrada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a Honda terá uma vantagem desleal daqui a duas temporadas.

Isto porque, com a nova regra da Fórmula 1, as equipes que forem correr na próxima temporada já terão que equipar seus carros com o novo motor V6 a partir do próximo mês. A Honda, no entanto, só voltará ao grid em 2015, ano em que retomará a tradicional parceira com a McLaren. Assim, Ferrari, Renault e Mercedes se veem prejudicadas por ter que desenvolver o propulsor de seus veículos com uma temporada de antecedência.

"Nós conversamos longamente sobre o assunto com outras fabricantes, mas não encontramos nenhuma solução", afirmou Stefano Domenicali, chefe da Ferrari. "Nós não podemos impor à Honda o congelamento do motor, uma vez que ainda não está registrada na competição e, acima de tudo, uma atitude assim afastaria novos fabricantes", acrescentou o dirigente italiano, antes de constatar uma provável vantagem à empresa japonesa.

Isto porque ela terá mais tempo de evolução do motor, já que não será obrigada a limitar o trabalho no novo equipamento durante as corridas do próximo ano. "Percebemos que a Honda, portanto, será capaz de desfrutar de uma grande vantagem, podendo adaptar o seu motor em função dos problemas que surgirem ao longo da próxima temporada, mas não temos como impedir", encerrou Domenicali, já conformado com a possível desvantagem ferrarista em 2015.

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