Após bronze, Sheilla ganha prêmio de melhor atacante oposta

Folhapress
13/10/2014 às 11:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:35
 (FIVB)

(FIVB)

Única brasileira a disputar o quarto Mundial de vôlei seguido, Sheilla deixou a Itália com duas premiações, uma por equipe e outra individual: o bronze e o prêmio de melhor atacante oposta. O tão sonhado e inédito ouro, porém, não chegou. Para a jogadora de 31 anos, prata nos dois últimos mundiais e campeã nas duas olimpíadas mais recentes, a derrota por 3 a 0 para as americanas na semifinal vai ficar marcada na sua carreira.

"Foi o jogo mais difícil da minha vida", afirmou. "Ninguém dormiu essa noite, a gente chorou muito, o jogo não saia da minha cabeça. Fiquei feliz e emocionada com essa vitória [na disputada do bronze, sobre a Itália]. Felicidade de reverter a situação de ontem e a tristeza de não estar na final, os dois sentimentos vão existir, sim", completou a oposto.
 
Sheilla disse também que recebeu muitas mensagens positivas dos fãs nas redes sociais. "Muito mais apoio do que gente xingando, o que é um milagre acontecer no Brasil", disse, rindo.
 
Ao contrário da amiga Fabiana, com quem saiu abraçada e chorando de quadra neste domingo (12). Sheilla afirmou que se for para escolher entre Olimpíada e Mundial, prefere Olimpíada. Já a central que também é capitã do Brasil pensava diferente logo após a conquista do bronze. "Vou ser sincera, meu grande sonho era ganhar o Mundial, porque a seleção feminina ainda não tem", disse Fabiana.
 
A capitã revelou ainda que as atletas quase passaram em claro a noite de sábado (11) para domingo. "Fui dormir às 2h30 com o jogo martelando na cabeça". Além de Sheilla, a brasileira Thaísa recebeu o prêmio de melhor bloqueadora do Mundial. A jogadora, no entanto, não quis falar com a imprensa na área reservada aos jornalista na arena em Milão.

As outras premiadas foram: Ting Zhu (China), como melhor jogadora; Kimberly Hill (EUA), melhor atacante; Alisha Glass (EUA), melhor levantadora; Monica de Gennaro (Itália), melhor líbero; e Kimberly Hill (EUA), jogadora mais valiosa das finais. O Brasil ainda ganhou o prêmio Fair Play, como a seleção mais disciplinada do campeonato. Zé Roberto foi vaiado pelos italianos ao receber a premiação. Curiosamente, o técnico recebeu cartão amarelo tanto na semifinal quanto na final, após reclamações com a arbitragem.
 
Antes de subirem ao pódio devido ao terceiro lugar, as jogadoras brasileiras choraram muito ao deixarem a quadra, que teve as arquibancadas lotadas por cerca de 12 mil italianos.
 
Em seu primeiro Mundial, a oposto Tandara, 25, reserva imediata de Sheilla, foi uma das que mais estava emocionada.  "Estamos muito baqueadas por tudo. A gente merecia estar no pódio de alguma maneira. Tristeza de não ter subido ao lugar mais alto, mas aliviada, não sei se é a palavra certa, de levar uma medalha para casa", comentou Tandara, chorando.

Também com lágrimas nos olhos, a líbero Camila Brait, 25, destaque da seleção desde o início da competição, mal conseguia falar antes de entrar no vestiário. "A gente fica muito chateada, é muito recente [a derrota para os EUA], muito triste não estar na final", disse a jogadora que, pela primeira vez, foi titular em um Mundial.
 
Já Fabiana, 29, em seu terceiro Mundial mas sem saber ainda se estará no próximo, em 2018, disse que a seleção já deve pensar na Olimpíada do Rio. "Foco em 2016, mais um sonho. A gente sempre brinca que, quando perde um Mundial, a gente ganha a Olimpíada", lembrou.

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