Após instabilidade térmica, organizadores optam por prova de velocidade

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
22/01/2014 às 22:44.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:32
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

O piloto inglês Russel Ogden decolou nesta quarta-feira (22) do Pico da Ibituruna, em Governador Valadares, Leste do Estado, entre os favoritos ao título de campeão da Superfinal da Copa do Mundo de Parapente (PWC), que acontece na cidade de 15 a 25 deste mês. Ele foi o primeiro a chegar ao goal na prova do dia anterior, seguido pelo alemão Pepe Malecki e pelo suiço Stefan Wyss, que mesmo tendo amargado o terceiro lugar continua liderando na classificação geral. O brasileiro Frank Brown esta agora na 11º posição e no bolo de candidatos ao título.   As previsões eram de uma quarta-feira nublada, com pancadas de chuvas à tarde. Quando os 125 pilotos de 127 países chegaram às rampas de decolagem, a 1.123 metros de altitude, elas estavam encobertas por nuvens baixas. Rumores de mais uma prova cancelada circulavam quando, por volta do meio dia, o sol reapareceu devolvendo aos competidores as excelentes térmicas e o “céu de brigadeiro” que tornaram a cidade conhecida como a “capital mundial do voo livre”. A comissão técnica optou por uma prova de velocidade, 66 km, sobrevoo em vários vilarejos e pouso em Dom Cavati. “O céu está muito bonito e o dia promete surpresas”, avisa Leonardo Bassani, da organização.   A prova de terça-feira não foi fácil para os pilotos. O dia também começou mostrando os resquícios da zona de baixa pressão que desde o último domingo deixava os competidores inquietos. Segundo Bassani, já no café da manhã pairava certo ceticismo quanto às possibilidades de mais uma prova. Chegar à rampa, por si só,  foi mais difícil do que esperavam, por causa de trechos escorregadios da estrada. “Alguns pilotos subiram a pé e outros pediram carona à beira da estrada. E assim continuaram sem solidariedade alguma com a natureza e rindo de suas escolhas como se ela não gostasse de fazer surpresas”, explica.   Quando chegaram à rampa as nuvens estavam abaixo da decolagem e havia pontos de chuva. Apesar disso uma prova de 60km foi escolhida pelo comitê. A rota seguia ao sul onde a previsão apontava melhores chances de uma prova dinâmica. Ela durou três horas e, segundo Bassani, teve até pilotos estabelecidos como verdadeiras lendas do esporte ficando para trás mostrando que as condições meteorológicas estavam desafiadoras. “Pilotos como o ex-campeão mundial Hans Bollinger e o atual campeão do PWC Aaron Durogati ficaram aquém de seus potenciais na prova de terça”, revela. A prova desta quarta (22) foi de 66 km, atrás da Ibituruna.

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