(ALEXANDRE LOUREIRO)
A polêmica sobre a terapia de reposição hormonal para atletas de MMA (Artes Marciais Mistas, na sigla em inglês) ganhou, nesta quinta-feira (27), um capítulo que pode ser decisivo para o desenrolar da trama. Em decisão unânime, a Comissão Atlética de Nevada decidiu pela proibição imediata da utilização de TRT pelos lutadores. A reposição de testosterona era aplicada em vários lutadores de elite que chegavam a uma idade avançada e, assim, tinham níveis de produção hormonal em decadência. Com isso, surgiu a polêmica se o uso do TRT não seria uma arma vantajosa dada a eles, já que em outras modalidades esportivas o uso é considerado doping, de acordo com a Agência Mundial Antidoping (WADA). O argumento antes utilizado era de que o atleta necessitava de prescrição médica e autorização de uma comissão atlética para o uso do hormônio e, ainda assim, deveria haver um controle no dia da luta para ver se os níveis de testosterona não estavam além do normal. A partir de agora, a comissão de Nevada irá barrar a licença para o atleta lutar no local mesmo se um atleta tiver a autorização para o tratamento expedida por outra comissão atlética. Com isso, atletas como Vitor Belfort, Dan Henderson, Chael Sonnen, Alistair Overeem e Frank Mir, que assumiam o uso da reposição hormonal, com a alegação de que seus organismos não produziam quantidades fisiológicas necessárias de testosterona, terão de abandoná-la, caso não queiram ser acusados de doping.