Os fãs do basquete terão um jogo daqueles para acompanhar nesta terça-feira, na Arena JK, em Belo Horizonte. Às 20h, os donos da casa Icatu/Minas, com seu uniforme branco e azul, recebem o renovado time do Ginástico Clube, com a tradicional camisa alvinegra, de volta às quadras após cinco anos de ausência. Será uma reedição do maior clássico da história do basquete mineiro. A entrada é gratuita.

A partida é válida pela terceira rodada do Campeonato Mineiro 2012 e apresentará um confronto entre duas equipes de realidades diferentes. O Minas venceu s dois primeiros jogos da competição, enquanto o Ginástico estreou com derrota para o Mackenzie. Nada que minimize o duelo, que tem um rico retrospecto no esporte do Estado. “Sou de uma geração em que os jogos contra o Minas eram verdadeiras finais”, destaca o ex-treinador do Ginástico, Rui Malta.

Ele conta que, atualmente, a rivalidade existe, porém é bastante saudável. “Os atletas se enfrentam, mas não se odeiam. Antigamente não era assim. Levávamos para a quadra a rivalidade dos bairros”, relembra ele, que, agora, acompanha, com carinho, a evolução do filho Rafael Malta, armador do time onde ele foi criado.

A paixão do pai, que é um ferrenho ginastino, passou para Rafael, que concilia a faculdade com os treinos e jogos pelo clube. “Sempre fui treinado por meu pai. Acabou que era mais cobrado do que os outros, mas também tinha mais contato com tudo. Herdei algumas coisas dele. Uma delas, a paixão pelo Ginástico”, afirma o atleta 23 anos.

Ele considera o confronto com o Minas um campeonato à parte. “A gente sabe que a realidade entre os dois times é diferente. Mas o fato de ser um clássico iguala as coisas. Quando vamos jogar contra eles, tudo muda. O clima antes da partida é sempre mais nervoso. Nos treinos, dá pra notar isso. Ninguém falta, todo mundo leva a sério. É uma partida que mexe com a gente”, confessa o jovem jogador, entusiasmado por poder enfrentar o Minas pela primeira vez na categoria adulto.

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