Paixão pelo boliche une família de campeões

Guyanne Araújo - Hoje em Dia
06/03/2015 às 07:49.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:15
 (Arquivo Pessoal)

(Arquivo Pessoal)

A família Costa foi concebida nas pistas de boliche. Walter, maior nome da modalidade esportiva no Brasil, e Jacque, nove vezes campeã brasileira individual, se conheceram há 30 anos, praticando o esporte. Do relacionamento entre eles nasceu Bruno.   Pai, mãe e filho, com seus respectivos parceiros, estão entre as 30 duplas que a partir desta sexta-feira (6) participam da XVIII Taça Belo Horizonte, segunda etapa do circuito nacional de boliche. A disputa será no Boliche Del Rey, no shopping de mesmo nome, na região Noroeste da capital mineira.   Walter é oito vezes campeão brasileiro e representou o país na única vez que o boliche foi modalidade olímpica, em Seul-1988. Jacque, por sua vez, esteve em edições do Pan-Americano.    Bruno cresceu nas pistas de boliche e herdou o dom. As brincadeiras se tornaram coisa séria e, agora, aos 20 anos, ele está no topo do ranking mineiro e em terceiro do brasileiro, além de ser o vice-campeão sul-americano. Em BH, ao lado do parceiro Flávio Castellões, ele busca o primeiro título da competição.    “Não me recordo com quantos anos comecei a jogar boliche. Participo dos torneios oficiais há três anos”, diz Bruno, que é integrante permanente da seleção nacional. O torneio que começa neste sábado (7) em BH vale pontos para os rankings nacional e mineiro. “Os melhores do Brasil estarão aqui”, destaca.   Na categoria masculina, Bruno será adversário do próprio pai, mas ele garante que não há rivalidade. “É bem tranquilo. Cada um quer ganhar, mas quando meu pai está por perto, mesmo jogando contra, ele me ajuda. Já formamos dupla na Taça Bahia do ano passado, e ganhamos. Foi uma experiência nova e muito boa”, afirma.   Apoio   Treinando em família, o que não falta é apoio. Os pais não se cansam de passar informações a Bruno, como se fossem treinadores. “Meus pais já participaram de muitas coisas, mas hoje em dia jogam mais por diversão. Eles apoiam, ficam na torcida e telefonam perguntam como foi”, diz.   Mas ele lamenta a falta de incentivo dos patrocinadores. “A gente sabe que não dá pra viver de boliche. Hoje em dia não tem categoria profissional no Brasil, só amador. Temos que comprar a bola para participar dos campeonatos, gastar com passagens, hotel, inscrições. Vai muito além de querer. Tem o programa (federal) Bolsa atleta, que ajuda a suprir alguns gastos, mas não cobre tudo”, destaca Bruno. Ele concilia a prática esportiva com o curso de jornalismo.   No ano passado, Bruno participou de dez campeonatos nacionais e um fora do país. Agora, o jogador se prepara para competições como o Pan-Americano, que será realizado em setembro, em Porto Rico, e o Mundial, em 2016. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por