Skatistas "voam alto" em BH em busca do sonho americano

Émile Patrício - Do Hoje em Dia
20/07/2012 às 07:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:42
 (Frederico Haikal/Hoje em Dia)

(Frederico Haikal/Hoje em Dia)

Tudo o que eles mais querem é viver fazendo o que mais gostam: manobras radicais com o skate. Muitos sonham em disputar competições no exterior e aprender ainda mais ao ver os ídolos bem de perto. Em comum ainda, a vontade de se divertir acima de tudo. Assim será para os 40 skatistas que participam amanhã da eliminatória mineira do Red Bull Manny Mania, maior campeonato de skate amador do Brasil.

Os dois que obtiverem melhor desempenho nas provas que acontecem a partir das 11 horas, na quadra da Novazoo, no bairro Nova Floresta, em Belo Horizonte, se juntam a outros oito nomes selecionados em qualys anteriores em busca de uma vaga na final mundial, realizada no mesmo dia. Quem vencer, parte, em agosto, para os Estados Unidos. Lá disputa a final mundial em Nova York, contra 12 países. E, de quebra, assegura um patrocinador.

Essa é a meta do estudante Marden Matheus, de 18 anos, que não vê a hora de se profissionalizar. Ele pratica desde os nove anos e aprendeu, como todos os outros, no método tradicional, que aterroriza as mães: se arriscando com os colegas em saltos na rua ou nos corrimões das escadas.

“Ela tinha medo que me machucasse todo. Mas, depois, foi acostumando e agora torce para eu conseguir essa vitória”, conta o skatista, que terá apenas um minuto para convencer os juízes.

Marden tem uma verdadeira rotina de profissional e passa, em média, oito horas por dia em cima do skate. “É uma competição difícil, e a vitória vem no detalhe. Depende muito do momento. Se o cara está tranquilo, souber controlar o nervosismo, vai bem. Eu não planejei nenhuma manobra. Prefiro entrar e fazer o que me vier na cabeça”, conta.

Uma referência em Minas no skate amador também tenta carimbar o passaporte para Nova Yorque: é Tiago Antunes, o Picomano, de 25 anos. Sua meta é ganhar a competição, conseguir o patrocínio e morar nos Estados Unidos. “No Brasil, como sabemos, investimentos são só futebol.

Infelizmente. Por lá, terei a oportunidade de competir nos melhores torneios”, ressalta o atleta.

Ele competiu na WCSK8 World Cup 2011 _ que ocorreu em Roma, Praga, Antuérpia e Barcelona _ e terminou na 17ª posição. Ainda vivenciou outra realidade. “Descobri que Barcelona é a cidade mais ‘skateável’ do mundo. O chão é perfeito e totalmente liso. Dá pra se atravessar de um extremo ao outro de skate”, relata.

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