Enquanto alguns países anunciaram orgulhosamente os respectivos porta-bandeiras para a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres, no próximo dia 27, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) escolheu o cavaleiro Rodrigo Pessoa para liderar a delegação brasileira. Apesar de o atleta reunir três medalhas olímpicas no currículo, ele talvez não represente “a cara do país”.

Pessoa foi medalhista de ouro em Atenas-2004 e de bronze em Sydney-2000 e Atlanta-1996. Os feitos, no entanto, não minimizam a situação. O escolhido nasceu em Paris (França), mora há muitos anos na Bélgica e fala português com sotaque de gringo. Ele já afirmou, em entrevistas, que não torce para nenhum time brasileiro e sim para o Real Madrid, equipe de futebol da Espanha.

Além disso, nos últimos Jogos, em Pequim-2008, o cavaleiro foi impedido de defender o título. Seu cavalo, Rufus, foi pego no exame antidoping. Pessoa foi desqualificado da prova e suspenso por 135 dias de competições. Ainda teve que pagar multa de 2 mil francos suíços (cerca de R$ 3,5 mil).

Outras nações optaram por representantes de dar inveja. O tenista Rafael Nadal, atual campeão olímpico e detentor de 11 títulos de Grand Slams, vai abrir alas para a delegação da Espanha. Da mesma modalidade, o atual número 1 do mundo, Roger Federer, foi convidado pela Suíça, mas se recusou para dar oportunidade a outros atletas. Essa seria a terceira vez em que ele teria a missão.

Também tenistas, Maria Sharapova, da Rússia, e Novak Djokovic, da Sérvia, estão encarregados da tarefa.

E quebrando paradigmas, o Catar, que levará competidoras pela primeira vez na história, convidou a atiradora Bahiya al-Hamad. Dos Estados Unidos, o nadador recordista mundial Michael Phelps e o astro do basquete, Kobe Bryant, são os cotados.

 

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