(Christian Petersen)
Nesta quinta-feira (24), a história da natação ganha um novo capítulo. Aposentado desde o fim da Olimpíada de Londres em 2012, Michael Phelps volta às piscinas para a disputa do Grand Prix de Mesa, nos Estados Unidos, cercado de incertezas sobre até onde ele pode chegar. O retorno do superastro norte-americano, maior campeão olímpico de todos os tempos, anima os nadadores brasileiros.
Bruno Fratus lembra bem dos últimos momentos de Phelps numa competição. "Calhei de fazer um antidoping com ele no último dia em Londres e fiz questão de apertar a mão dele e falar: 'Obrigado por tudo que você fez pelo nosso esporte'. Estou muito feliz que ele voltou", admitiu o velocista brasileira, que está em São Paulo disputando o Troféu Maria Lenk.
Empolgado depois de fazer o segundo melhor tempo do mundo nos 50 metros livre em 2014, Bruno Fratus chega ao ponto de desafiar Phelps. "Acho que ele pode dar resultados muito expressivos nos 100 metros livre e boa sorte se ele quiser nadar os 50 metros", comentou o brasileiro, mostrando confiança e consciência de que o norte-americano, por melhor que seja, não é um velocista.
Cesar Cielo não chega a desafiar o maior da história, mas torce para poder competir contra ele, quem sabe até mesmo na Olimpíada do Rio em 2016. "Já nadei algumas vezes contra ele, é um cara que te leva para outro estágio. Quando ele está no bloco, a prova tem que ser um pouco mais séria. É um cara que faz a gente nadar um pouco melhor. Com ele, perfeição já não é o bastante. Quero ter a chance de competir mais alguma vez contra ele", contou o maior nome da natação brasileira.
Thiago Pereira fatalmente nadará contra Phelps, pois eles costumavam se enfrentar no passado, principalmente nos 200 metros medley e nos 400 metros medley. No Grand Prix de Charlotte (EUA), entre 15 e 18 de maio, o brasileiro deverá participar de até oito provas e estará lado a lado com o norte-americano, se ele confirmar a inscrição para a competição.
"Ele foi único que esteve presente em todos os momentos da minha carreira até hoje. Tenho certeza de que muito da evolução que eu tive foi por causa dele. Essa evolução do medley no cenário mundial, ele que provocou isso. Ele foi o primeiro atleta que quebrou essa coisa de uma ou duas provas, mostrou que é possível nadar várias", elogiou Thiago Pereira.