Ídolo do Galo

Em nova função, Marques usa experiências no campo para contribuir com o futsal do Minas Tênis Clube

Letícia Lopes
@leticialopesou
Publicado em 27/06/2022 às 08:00.
Marques está no cargo de diretor de futsal do Minas Tênis Clube desde fevereiro deste ano (Orlando Bento/Minas Tênis Clube)

Marques está no cargo de diretor de futsal do Minas Tênis Clube desde fevereiro deste ano (Orlando Bento/Minas Tênis Clube)

Se dentro das quadras de futsal do Minas, há um time em construção e com maturidade a ser alcançada, na gestão está Marques, ex-atacante e ídolo do Atlético, com experiência dentro e fora das quatro linhas. Em fevereiro deste ano, ele assumiu o cargo de diretor de futsal do Minas Tênis Clube, e desde então, une as experiências de sua carreira para alavancar o futebol de salão mineiro. 

Entre 2017 e 2019, Marques, já aposentado dos campos, foi coordenador da base, diretor de futebol e gerente de futebol no Atlético, na gestão de Sergio Sette Câmara. Mesmo diante desta experiência, assumir o futsal é um desafio novo. 

“Tem sido, primeiramente, e acima de tudo um aprendizado diário. Venho acompanhando os treinamentos e é totalmente diferente do que se faz em um campo de futebol. Mais dinâmico, movimentado. Uma troca constante de atletas, um trabalho muito cheio de detalhes por parte da comissão, então tem sido um aprendizado muito importante”, explicou.

O desafio, no entanto, não se dá por estar atuando em algo desconhecido. Pelo contrário, a história de Marques com o futsal não é recente. Por mais que tenha se consagrado como um jogador de campo, suas origens estão no futebol de salão, modalidade que jogou até os 15 anos de idade. Por isso, assumir o futsal também passa por uma realização pessoal. 

“Eu gosto muito de futsal, estou meio que viajando ao meu início. Me identifico muito com os garotos que estão dentro da quadra. A história de sair, por exemplo, lá do Ceará, em busca de uma oportunidade de crescimento para ele e sua família, eu dou muito valor. Também tem sido uma maneira de reativar o que estava adormecido há muito tempo. A vida é louca, estar revivendo isso, me identificando, tem sido muito prazeroso”, disse.

Marques é natural de São Paulo, mas mora em Belo Horizonte há mais de 20 anos e, desde que se mudou, começou a frequentar os espaços do Minas Tênis Clube: “Me mudei para perto do Minas, então sempre estive na arquibancada, vendo e conversando com todo mundo. Meus dois filhos treinaram no clube e sempre participaram de tudo”.

Futsal, gestão e Minas Tênis Clube estão na trajetória do ex-atacante desde sempre e nada mais justo do que se juntarem neste momento. Marques explicou como isso aconteceu. 

“O convite foi muito especial. Foi feito pelo Sérgio Versiani, que estava na casa há 30 anos. Ele estava em um momento querendo curtir mais a família e veio um “start” na cabeça dele de me convidar para substituí-lo. Me senti no dever de cumprir o que ele planejou. Muito gratificante você ser lembrado por uma pessoa que está no cargo há trinta anos. Por que eu?”, se interrogou.

“Eu faço essa pergunta todos os dias? Foi um detalhe, um estalo. Conversamos aqui algumas vezes e tínhamos ideias muito parecidas sobre futsal e futebol de campo. Foi tão especial que não pude deixar de aceitar. Desde então recebi toda estrutura da comissão”, explicou. 

Além dos esportes, Marques também tem passagens pela política mineira e foi suplente do deputado estadual Missionário Márcio Santiago (PR). Com facilidade em unir as experiências, ele fala também sobre política e esporte.

“Tem tudo a ver, o lado social, o lado humano. Acho que é um dever do poder público da política dar condição aos jovens. O jovem quando está no esporte não está com a cabeça vazia, então contribui muito na formação dos brasileiros”, explicou.

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