ÁRBITRO DE VÍDEO

FMF quer VAR em todos os jogos do Mineiro 2023; clubes pagariam a conta

Lucas Borges
@lucaslborges91
30/03/2022 às 15:23.
Atualizado em 30/03/2022 às 15:42
Atualmente, o árbitro de vídeo é utilizado apenas nas fase semifinal e final do Estadual (Daniel Hott/América)

Atualmente, o árbitro de vídeo é utilizado apenas nas fase semifinal e final do Estadual (Daniel Hott/América)

A Federação Mineira de Futebol (FMF) tem a intenção de que o árbitro de vídeo (VAR) seja utilizado em todas as partidas do Campeonato Mineiro de 2023. Atualmente, a tecnologia é utilizada apenas nas fases semifinal e final.

Em entrevista nesta quarta-feira (30), na sede da FMF, Adriano Aro, presidente da instituição, comentou sobre os planos para o VAR no Estadual, revelando que um planejamento já está traçado.

“A Federação Mineiras pretende ter VAR em todas as partidas m 2023. Isso não depende apenas da FMF, depende também da anuência dos clubes, porque é uma decisão debatida em conselho arbitral. A Federação fará neste ano, já pensando em 2023, tão logo os campeonatos se encerrem, uma vistoria em todos os estádios. E vai pedir aos clubes que façam as adaptações necessárias para a tecnologia do VAR, para que caso isso (VAR em todos os jogos) seja aprovado no Conselho Arbitral e tenhamos condições de ter a tecnologia em todos os estádios”, disse Aro.

O Conselho Arbitral, citado pelo mandatário, definirá as diretrizes da próxima edição do Estadual, especialmente no que tange ao regulamento da disputa.

Custeio

Os clubes do interior, que têm a arrecadação muito inferior às da capital e que muitas vezes sequer possuem um calendário de jogos após o encerramento do Estadual seriam os principais atingidos.

Exemplo mais recente dessa dificuldade foi a Caldense na semifinal do Campeonato Mineiro.

Alegando, entre outros fatores, que os valores para a instalação do VAR no estádio Ronaldão, em Poços de Caldas, eram altas dentro orçamento do clube, a Veterana mandou o jogo de ida da semi, diante do Atlético, para o Mineirão.

Para ilustrar essa realidade, a Caldense, cuja folha salarial mensal não chega a R$ 200 mil, gastaria R$ 70 mil apenas para implementar o VAR em Poços.  

Adriano Aro admitiu as dificuldades das agremiações em custear o árbitro de vídeo, mas deixou claro que a FMF não tem condições de bancar a tecnologia durante todo o campeonato.

“Este ano foi atípico, porque os clubes ainda vinham em um cenário de pandemia e estavam financeiramente muito debilitados. Para eles, era difícil arcar com o custo dessa tecnologia. Hoje é a FMF quem paga o VAR nas semifinais e na final, mas ela não tem condições de fazer isso o campeonato todo. Então, é um valor que precisa ser suportado pelos clubes, porém, tenho certeza de que o objetivo de todos é a melhoria da arbitragem. Então, os clubes vão se conscientizar e, juntamente como a Federação, deliberar a aprovação do VAR. É o que a FMF espera e torce que aconteça”, disse.

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