Mano confirma jogo ruim do Cruzeiro contra o Bahia, mas diz que empate foi justo

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
19/08/2018 às 20:41.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:00
 (Vinnicius Silva/Cruzeiro)

(Vinnicius Silva/Cruzeiro)

O empate do Cruzeiro em 1 a 1 com o Bahia, na tarde deste domingo (19), no Mineirão, não agradou ao técnico Mano Menezes, que viu sua equipe atingir o quinto jogo no Campeonato Brasileiro sem vitória.

Na opinião do treinador, a Raposa trabalhou pouco as jogadas, apesar de ter conseguido apresentar um “domínio territorial”, preencher mais os espaços no campo.

“Diferentemente de outros jogos, acho que a gente não jogou bem. No primeiro tempo, um jogo arrastado, numa velocidade um tanto abaixo do que você precisa. No segundo tempo, voltamos um pouquinho melhor, mas sofremos o gol, que criou algo mais difícil, mas, felizmente, empatamos rápido. Acho que a equipe teve um predomínio territorial, empurrou o Bahia para trás, mas, ao meu ver, precisava ter chances mais claras e trabalhar um pouquinho mais a jogada. (O time) se precipitou demais, perdemos duas ou três chances claras, mas acho que (o empate) foi justo pelo o que jogaram as duas equipes”, analisou.

O Cruzeiro não consegue vencer no Campeonato Brasileiro há cinco jogos. Perdeu para Corinthians, São Paulo, empatou com o Vitória, perdeu para o Flamengo, e agora ficou no 1 a 1 com o Bahia.

“Acho que o nosso índice de erro hoje foi o maior de todos os jogos. Oscilamos entre recuperações incríveis de bola, que Romero recuperou e até o torcedor se empolgou, recuperação do Dedé em vários lances, mas ao mesmo tempo entregamos bolas incríveis sem estar com a marcação pressionada sobre os nossos jogadores, que são de alta qualidade e técnica, que não erram esse tipo de jogada. Tem a ver com a semana também, com a pressão que você sofre que leva até os pênaltis na quarta-feira, e que três dias depois você tem que entrar em outra situação. E por isso, às vezes, você recorre a outro tipo de formação, praticamente na íntegra, para não ter essa queda que, ao meu ver, foi determinante para não fazermos um bom jogo”, ponderou.

O Cruzeiro segue muito vivo na Copa do Brasil, onde vai enfrentar o Palmeiras nas semifinais, e deu passo importante para chegar às quartas de final da Libertadores, ao vencer o Flamengo por 2 a 0 fora de casa. No Brasileiro a situação é mais complicada por que os líderes estão se distanciando do pelotão do meio da tabela.

Se o Cruzeiro vencer duas competições das três que disputa, arrancaria mais um “combo” de títulos, formando a tão sonhada Tríplice Coroa.

“Existe uma diferença grande entre querer e poder vencer todas as competições. O Cruzeiro, uma vez na história, conseguiu vencer todos os campeonatos: o Mineiro, uma Copa do Brasil, quando era até a metade do ano, e o Campeonato Brasileiro. Agora as competições mudaram, são ao longo do ano, a densidade dos jogos está muito maior. Se corria oito quilômetros (por jogo) em 2003, agora viraram onze quilômetros, em média, por jogador, então a recuperação fica mais difícil. É uma série de coisas que vão mudando de ano para ano. Vamos continuar querendo, time grande tem que querer sempre, não pode desistir, mas, certamente, lá no fim do ano temos que ter um balanço positivo, que é o mais importante. Então vamos atrás de coisas mais próximas, palpáveis, mais perto que estamos, mas não vamos deixar de ir atrás das outras também, já que o Campeonato Brasileiro é muito importante” completou.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por