Futebol-arte ou futebol por resultado? Qualquer pessoa que fizer essa pergunta ao técnico Mano Menezes saberá a resposta. “Tentamos jogar bonito e conquistar os resultados. Mas falo para meus amigos treinadores e os mais jovens, que se quiserem continuar jogando bonito, tudo bem. Enquanto isso eu opto mais pelo resultado”, disse o comandante, em meio a risos, após angariar mais um título, o do Mineiro, no último sábado (20).
Foi assim, com essa filosofia de trabalho, que o treinador gaúcho trilhou o caminho do sucesso na Toca durante mil dias seguidos, completados nesta segunda-feira (22). E, se depender dele, continuará assim.
Aqueles que preferem ver jogadas magistrais e aquele “futebol moleque”, tão característico e tradicional da escola brasileira, pode até torcer o nariz para o método de Mano armar sua equipe. Mas até mesmo os mais críticos têm que reconhecer que o treinador é um vencedor à sua maneira.
À frente do Cruzeiro, já são quatro títulos, sendo dois bicampeonatos – Copa do Brasil de 2017 e 2018 e Mineiro de 2018 e 2019. Com a Raposa, o técnico tem mais troféus de campeão do que em qualquer outro time que treinou, ultrapassando Corinthians (três conquistas) e Grêmio (três).
Contabilizando as duas passagens pela Toca II – a primeira em 2015 e a segunda de 2016 em diante –, Mano coleciona 213 partidas, 108 vitórias, 61 empates e 44 derrotas.
Quarto treinador que mais vezes comandou o Cruzeiro – atrás apenas de Niginho (247 jogos), Levir Culpi (257 jogos) e Ilton Chaves (389 jogos) –, é o segundo na lista dos maiores vencedores da história da Copa do Brasil, com três conquistas (uma pelo Corinthians e duas pela Raposa). Somente Felipão, com quatro títulos (dois pelo Palmeiras, um com o Grêmio e um pelo Criciúma) o supera.
Agora, o “rei dos mata-matas” ambiciona a Libertadores. No ano passado, o sonho parou no Boca Juniors – e na arbitragem. E neste ano, será que a taça ficará nas mãos de Mano Menezes e seu futebol de resultado? A torcida celeste espera que sim.