(TELMO FERREIRA/Estadão Conteúdo)
Se o primeiro tempo da final do Mineiro não foi aquilo que o técnico Mano Menezes esperava, uma conversa no vestiário fez o Cruzeiro mudar de postura para alcançar o resultado que precisava e abocanhar sua 38ª taça de campeão mineiro. Houve cobrança? Sim! Mas foi um outro fator que predominou na conversa envolvendo o comandante e sua equipe.
“O técnico, às vezes, cobra mais forte. E às vezes aponta caminhos. Sou da linha que prioriza apontar caminhos mais do que fazer cobrança. Cobrar é relativamente fácil, como um pai que dá uma dura nos filhos (risos). Os jogadores querem soluções”, destacou o treinador em entrevista à Rádio Itatiaia.
Até o gol marcado pelo atleticano Elias, aos 29 minutos, Mano classificava a partida como “jogo parelho”. “Depois que sofremos o gol, caímos um pouco, passamos a dar chutão. Aí no intervalo, tivemos uma cobrança com relação ao gol e a orientação. Era preciso colocar as coisas no lugar”, analisou.
Por fim, Mano elogiou a participação de Pedro Rocha, construtor do lance que originou o pênalti convertido por Fred, como enfatizou o treinador celeste.
“Acho que o Pedro entrou bem para fazer duas ou três jogadas agudas, que é a característica dele. O Atlético baixou bastante as linhas, mais do que estava antes. Com a entrada do Thiago Neves arriscamos um pouco mais, com apenas um volante, algo arriscado. Tive que ir ao divã (risos). A partir do nosso gol foi só emoção, bola na área, e a gente soube suportar bem com uma defesa sólida”, comentou.