Manual de instruções: jovem Gustavo Henrique faz anotações diárias após 'aulas' de Sampaoli

Henrique André
@ohenriqueandre
14/06/2020 às 13:46.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:46
 (Pedro Souza/Atlético)

(Pedro Souza/Atlético)

Nascido em Agulha, distrito do município de Fernando Prestes, no interior de São Paulo, o zagueiro Gustavo Henrique conseguiu ascensão meteórica no Atlético. No clube desde novembro do ano passado, após ser contratado junto ao Itapirense-SP,  o jogador de 20 deixou passou a treinar com o elenco principal desde o início do ano, quando foi acionado pelo ex-técnico Rafael Dudamel em algumas oportunidades; mas foi com Jorge Sampaoli que ele viu isso se tornar rotina diária.
 

Na Cidade do Galo, onde mora há duas semanas no hotel das categorias de base, o zagueiro mantém um princípio de vida: aprender cada dia mais. Sempre dedicado aos estudos, Gustavo presta atenção nas orientações do comandante argentino, as memoriza e, quando chega ao quarto, anota tudo num caderninho pessoal; um "diário alvinegro".

"Como são coisas novas para mim, tento aprender da melhor maneira possível.  Tudo o que ele passa, eu tento memorizar e, uma maneira para isso, é anotar sempre o que ele passa. Me cobro demais. Isso é necessário para aprimorar cada vez mais", conta o jogador. Ele foi entrevistado pela TV Galo neste sábado (13).

"Tenho que aceitar que um hora a ficha tem que cair. Aproveito os treinos da melhor maneira possível. A metodologia do Sampaoli é incrível. Todo dia para mim é de aprendizado", acrescenta

Decepções, estudos e volta por cima

Apesar de ter apenas 20 anos, Gustavo Henrique já coleciona algumas histórias no mundo da bola. Chegar ao Atlético, para ele, é sinônimo de conquista pessoal.

"Vim de algumas decepções na minha vida, em relação ao futebol. Mas sempre tive o apoio da minha família. Hoje, estou vivendo o grande sonho da minha vida, convivendo com vários companheiros e pessoas que eram meus ídolos", relata. 

"Assim que fui dispensado do Guarani, fui fazer uma seletiva em São José do Rio Preto, para fazer faculdade nos Estados Unidos. Passei, mas, para poder ir para o exterior, precisa fazer uma prova chamada Toefl. Desde o início, comecei a estudar inglês. Mantive focado, cada vez mais me aprimorando no idioma. Obtive o resultado positivo, porém, tive meu visto negado duas vezes. Isso me desmotivou um pouco, mas mantive a cabeça erguida", vai além.

Enquanto não aparecia outra oportunidade no futebol, o zagueiro fez um curso em Catanduva, para vestibular. Ele estava estudando só para  isso, deixando o futebol de lado, e, como prêmio, passou em administração em algumas faculdades.

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