Dois estrangeiros são candidatos naturais ao posto de protagonista da decisão da Copa do Brasil. São eles o argentino Dátolo e o boliviano Marcelo Moreno. Se este é um dos responsáveis pelos gols do Cruzeiro, o outro é o principal assistente dos goleadores do Atlético.

Nascido na Bolívia, Moreno tem sangue brasileiro e forte identificação com o Cruzeiro. Já Dátolo começou a construir sua identidade com o Galo há poucos meses. Os dois foram cedidos de “bandeja” pela dupla Grenal e estão preparados para ditar o ritmo do outro grande dérbi nacional.

Dátolo já vivenciou um clima mítico de um clássico. Ao defender o Boca Juniors, aprendeu o que é amor e ódio no futebol sul-americano, na rivalidade contra o River Plate.

“Estou acostumado a clássicos, joguei pelo Boca clássicos importantes, mas para mim será um jogo importante e diferente, pois eu posso entrar para a história do Atlético com um título inédito e importante”, disse ele.

Líder de assistências no time, Dátolo acabou tomando a Copa do Brasil para mostrar sua importância no alvinegro. Antes reserva e até deslocado para a lateral esquerda, o argentino quer algo que a maioria de seus companheiros no ataque já tem: um grande título pelo Galo. “Eu adoro jogar clássico. Vai ser uma final muito boa. Para o povo de Minas vai ser bonito, com o Brasil todo assistindo. Vai ser uma coisa maravilhosa”.

Artilheiro

Marcelo Moreno deixa claro. “Eu torço para o Cruzeiro e todo mundo sabe disso”, sentencia o boliviano de 27 anos, que vive dias de ansiedade em comemorar o título de campeão da Copa do Brasil vestindo as cores do clube que tanto ama.

Prestes a se tornar o maior artilheiro estrangeiro da história do Cruzeiro, Moreno se empolga com a possibilidade de fechar 2014 carregando as taças de campeão brasileiro e da Copa do Brasil. “Se conseguir os títulos que estamos tentando, sendo maior artilheiro estrangeiro da história do Cruzeiro, com certeza vai ser uma passagem significativa pra mim, para minha família”, disse o atacante, autor de 44 gols pela Raposa ao lado do espanhol Fernando Carazo. “Se tiver que deixar a vida dentro de campo, vamos dar a vida lá para buscar esse título”, exagera Moreno, ávido pelo feito.

Inter facilitou liberação do argentino

Em agosto de 2013, poucas semanas depois de ganhar a Libertadores, o Atlético procurou o Internacional para tentar comprar os direitos econômicos de Dátolo. Contudo, antes de começar a negociar, a diretoria alvinegra foi informada que o Colorado estava prestes a rescindir o contrato do argentino. Com salário alto e sem chances na equipe gaúcha, Dátolo, que também era cobiçado pelo Vasco, foi liberado.