Matheus Mendes inicia o desafio de construir história escrita pela última vez por Diego Alves

Alexandre Simões
@oalexsimoes
Publicado em 01/05/2021 às 22:26.Atualizado em 05/12/2021 às 04:49.
 (Pedro Souza/Agência Galo/Atlético)
(Pedro Souza/Agência Galo/Atlético)

Em 2007, o Atlético iniciou a sequência de participações na decisão do Campeonato Mineiro, que deve ter o 15º capítulo nesta temporada de 2021 após os 3 a 0 sobre o Tombense, no último sábado (1), no Independência, na partida de ida da semifinal entre eles. Este confronto, além da participação ofensiva decisiva de Hulk, na parte defensiva, o destaque foi o goleiro Matheus Pereira, de 22 anos, que entrou no lugar do expulso Everson aos 27 minutos do segundo tempo e teve como primeiro lance defendendo a meta alvinegra a defesa de um pênalti cobrado por Keké, artilheiro do Campeonato Mineiro, que teve ainda o rebote encaixado pela promessa alvinegra.

Após a partida, a emoção do jovem arqueiro alvinegro é o ponto de partida de uma história que liga o 1º de maio de 2021 com aquela decisão estadual lá de 2007, que abriu a sequência de participações consecutivas do Galo na final.

Matheus Mendes goleiro AtléticoAposta atleticana, o goleiro Matheus Mendes viveu seu primeiro grande momento pelo time principal do clube no último sábado, defendendo pênalti cobrado por Keké, do Tombense, artilheiro do Campeonato Mineiro

Há 14 anos, o gol alvinegro era defendido pelo então garoto Diego Alves, hoje no Flamengo, que na época tinha os mesmos 22 anos de Matheus Mendes.

Desde então, nenhum goleiro revelado na base atleticana, que teve a chance de defender o time principal, conseguiu dar ao torcedor a segurança que Diego Alves deu. E este é o desafio que começa a ser vivido por Matheus Mendes.

Relação

A lista de arqueiros da base começa com Edson, que defendeu o Patrocinense neste Estadual. Ele assumiu o gol alvinegro com a venda de Diego Alves ao Almería, da Espanha. Ele alternou a titularidade com o banco de reservas até 2009.

No ano seguinte, começa a história de uma grande promessa, Renan Ribeiro, com passagens pelas seleções de base, mas que nunca conseguiu ser unanimidade na torcida atleticana.

Ele ficou no clube até 2012. A partir do ano seguinte, a aposta passou a ser em Uilson, também com grande história na base, inclusive com passagens pela Seleção.

Nas poucas oportunidades que teve, ficou mais marcado por falhas que por grandes defesas. Seu maior feito foi com a Seleção Olímpica, pois era reserva do time que ganhou o ouro na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. Ele era reserva de Weverton, do Palmeiras.

Depois dele surgiu Cleiton, que assumiu o gol alvinegro com a contusão de Victor na metade de 2019. Outro jogador com história nas seleções de base, ele deu mais retorno financeiro que técnico, pois logo no início de 2020 foi vendido ao Red Bull Bragantino por cinco milhões de euros, na cotação da época cerca de R$ 23 milhões.

Desafio

Agora é a vez de Matheus Mendes começar a viver este desafio. A contusão de Rafael, que deve tirar o jogador de praticamente toda a temporada, coloca o garoto como reserva imediato de Everson num ano em que o Atlético terá um calendário cheio, com jogos, além do Campeonato Mineiro e Libertadores, pela Série A do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil.

O grande desempenho defendendo o CSA, na Série B do ano passado, chamou a atenção por exemplo do Juventude, que disputará a Série A este ano.

Mas o Atlético decidiu que é hora de ter a sua promessa em seu grupo principal. E o desafio de Matheus Mendes é fazer com que o choro deste 1º de maio de 2021, quando viveu seu primeiro grande momento com a camisa alvinegra, seja o primeiro capítulo de uma história escrita pela última vez por Diego Alves.

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