Medalhista olímpica por duas vezes, Janeth diz que é mais fácil estar nas quadras

Bruno Moreno
Enviado Especial
06/08/2016 às 20:40.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:12
 (Flávio Tavares/Enviado Especial)

(Flávio Tavares/Enviado Especial)

RIO DE JANEIRO – O que será que faz um atleta de alto rendimento após a aposentadoria? Abre uma consultoria, uma academia de ginástica, faz palestras, um negócio qualquer. Esse é o destino de muitos dos nossos campeões, mas a jogadora Janeth Arcain, ex-ala-armadora da seleção feminina de basquete foi além. Medalhista de prata em Atlanta 1996 e bronze em Sydney 2000, ela se manteve no circuito olímpico, e assumiu um dos mais importantes postos na Rio 2016: prefeita da Vila Olímpica.

Mas, a intensa rotina de treinos do passado não se comparam à agenda lotada de atualmente. Todos os dias, ela recebe as delegações em cerimônias de hasteamentos de bandeiras, e realiza reuniões o tempo todo. Num breve intervalo entre um compromisso e outro, ela bateu um papo com o Hoje em Dia. Confira.

Como está sendo essa experiência como prefeita da Vila?
Agora está diminuindo o número de chegada de pessoas, com a proximidade de abertura da Olimpíada. É o dia inteiro, de hora em hora recebemos países. A minha fala, com a energia dos dançarinos, e também do fairplay, das regras da ONU, e do Comitê Olímpico Internacional.

No começo a vila teve uns problemas, mas já foi tudo resolvido?
Sim, no começo tivemos problemas, vocês já sabem. Mas o que estamos focados realmente é nessas cerimônias e na cerimônia de abertura.

Como é para você voltar a participar do espírito olímpico, já que deixou as quadras há muitos anos?
Para mim é uma honra, é um prazer. Estar como prefeita da Vila Olímpica é uma representatividade não só do povo brasileiro, mas também de mais de 10 mil atletas.

E qual a sua perspectiva para o basquete brasileiro, tanto masculino quanto feminino?
A perspectiva é boa. Eles fizeram bons amistosos, as duas seleções. A gente sabe que, pelo nível dos jogadores que estão na NBA, de repente o masculino tenha mais chances. E eu acredito que o feminino possa sempre surpreender. Psicologicamente elas têm que estar bem. A gente sabe que são jogadoras experientes que atuam fora do país, já participaram de jogos olímpicos, e agora estão jogando dentro de casa. Mas tem um fator positivo que é a torcida, que vai estar toda a favor e isso pode ser um empurrão para que possam alcançar o objetivo. Quando você mescla experiência e juventude, garra, você pode surpreender.

É mais difícil ficar do lado de cá ou do lado de lá? Nas quadras ou na organização?
É mais difícil a organização. Tem muita coisa envolvida, muita gente. Todo esse processo é muito grande, a gente não tem ideia. Eu só tive a partir do momento em que eu fiz parte dele. Então, eu vi o tanto de envolvimento e comprometimento que têm todos os nossos órgãos e todas as pessoas que estão trabalhando para que os resultados possam acontecer, para as estrelas, que são os nossos atletas.

Como foi a sua participação na organização da Olimpíada no Brasil antes de ser prefeita da vila?
O convite do presidente Nuzman foi uma surpresa para mim. Ele tem essa visão de que um atleta sabe ver muitas coisas, alcançar além, visionário para que possa fazer as melhores coisas acontecerem para os próprios atletas. E o meu trabalho, anteriormente, estava sendo como coordenadora de informações esportivas para o basquete, em que a gente estava mais envolvida na modalidade. Então, temos vários atletas envolvidos aqui com suas modalidades, e com certeza cooperando de maneira positiva para que venham os resultados.

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