Messi, Cristiano Ronaldo e Ribéry disputam hoje a Bola de Ouro

Felipe Torres e Gláucio Castro - Esportes
13/01/2014 às 07:17.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:18
 (Editoria de arte)

(Editoria de arte)

Se aproxima o fim de uma dinastia hermana? Após quatro anos de reinado absoluto, Lionel Messi deve repassar a Bola de Ouro a outro craque hoje, às 15h30 (de Brasília), na sede da Fifa, em Zurique, na Suíça.

O português Cristiano Ronaldo é o grande favorito a se tornar o melhor do planeta em 2013. O “Gajo”, do Real Madrid, vencedor do prêmio em 1998, marcou incríveis 69 gols em 59 jogos no ano passado.

Porém, a trajetória “perfeita” de Franck Ribéry pode ter gerado certa dúvida ao júri, composto por técnicos, capitães das seleções e jornalistas da revista “France Football”. Afinal, o francês liderou o Bayern de Munique em títulos de expressão, como o da Champions League.

Por fim, “Messi é sempre Messi”. Não há frase melhor que defina o astro do Barcelona. Devido às contusões, seria uma surpresa ver o argentino novamente com a Bola de Ouro.

Entre as mulheres, a brasileira Marta concorre com a alemã Angerer e a americana Wambach. Neymar briga pelo troféu Puskas, equivalente ao gol mais bonito.

Era para ser surpresa da Fifa, mas Pelé revelou que será homenageado com uma Bola de Ouro especial pelos serviços prestados ao futebol.

Argentino no páreo, apesar das lesões 

O 2013 de Messi não foi como o esperado. A genialidade perdeu espaço para as contusões. Foram três lesões na coxa, que o afastaram dos gramados. Mesmo assim, o camisa 10 do Barcelona teve seus momentos mágicos e segue na briga pela quinta Bola de Ouro consecutiva.

Pela seleção da Argentina, tornou-se o protagonista das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Brasil. Os hermanos levaram a vaga com rodadas de antecedência.

Sem atuar há quase dois meses, só retornou ao Barça na semana passada. Depois de se recuperar dos problemas médicos, o desafio agora é ganhar ritmo de jogo e confiança para 2014. “La Pulga” esperar conduzir os argentinos ao tri mundial. “Se ele ganhar, vou rir muito”, garante Piquê, companheiro de Barça.

Diferenciado

Nascido em um bairro pobre de Rosário, no interior da Argentina, Messi já mostrava que era diferenciado nas brincadeiras com os colegas. O pai, então, o levou para treinar nas categorias de base do Newell’s Old Boys.

Mas ele enfrentou um sério tratamento para acelerar o crescimento na juventude. O procedimento envolvia constantes aplicações de injeções.

A família se mudou para Barcelona quando Messi tinha 13 anos. Era o ponta pé inicial de uma das carreiras mais vitoriosas do planeta bola. 

CR7 preparado para gritar “eu estou aqui”

“Eu estou aqui”. A maioria dos torcedores aposta que Cristiano Ronaldo repetirá hoje as palavras da tradicional comemoração na entrega da Bola de Ouro. Favorito ao prêmio, o português do Real Madrid já confirmou presença na festa de gala.

Desde que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, o ironizou e disse preferir Messi, em outubro, CR7 havia colocado sua participação em dúvida.

Desta vez, não há motivos para o lusitano se ausentar. Ele está perto de, quatro anos depois, ser novamente o protagonista e deixar o “rival” Messi na condição de coadjuvante.

Pelos merengues, CR7 não levantou títulos no ano. No entanto, cansou de balançar as redes, chegando a uma fantástica média de 1,17 gol por duelo.

Até Maradona defende a nomeação de CR7. “Messi se lesionou muito. Acho que o Cristiano deveria ganhar”, afirma. 

Pelas ladeiras

Reza a lenda que Cristiano Ronaldo desenvolveu o forte vigor físico ao correr atrás da bola pelas ladeiras de Funchal, na Ilha da Madeira. Em 1995, o então garoto assinou com o Desportivo Nacional. 

Dois anos nas categorias de base e parou no Sporting, de Lisboa. Chamou a atenção do técnico Alex Ferguson ao brilhar pelos Leões contra o Manchester United, em 2003. Dos Diabos Vermelhos, desembarcou no Real Madrid (2009) por incríveis R$ 256 milhões.

Francês confiante na vitória

Confiança parece não faltar. Franck Ribéry e sua esposa, Wahiba, até reservaram um lugar especial para guardar a Bola de Ouro. “Colocarei o prêmio embaixo da chaminé, na sala. A minha mulher já preparou tudo. Ela acredita muito”, revela o ídolo do Bayern de Munique.

Mas, para realizar o sonho, Ribéry terá de superar o favorito Cristiano Ronaldo, que, no dia 19 de novembro, marcou três gols pela seleção de Portugal, sobre a Suécia, na repescagem das Eliminatórias Europeias da Copa de 2014.

Como a Fifa tinha estendido o prazo de votação do prêmio, o “show” de CR7 chamou a atenção do planeta. Ribéry não gostou nada. “É a primeira vez que aumentam o prazo. É uma vergonha. Mas não tenho medo”, desabafou na época.

Os títulos conquistados com o Bayern são o trunfo de Ribéry. O meia colocou no seu currículo o Mundial de Clubes, o Campeonato Alemão e a Liga dos Campeões, entre outros. Além disso, venceu a eleição de melhor jogador da Europa (Uefa) em 2013.

Notas ruins O fraco desempenho acadêmico quase fez Ribéry não dar sequência à carreira de futebol durante a adolescência. Aos 12 anos, o meia chegou ao Lille, da França, mas acabou tendo que ficar quatro temporadas fora do clube por causa das notas ruins.

Assim que retornou, ele deslanchou. Vestiu a camisa do Galatasaray (Turquia) e Olympique de Marseille antes de ser contratado pelo Bayern de Munique. 

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