Messi ‘quase dança’ em BH, mas é salvo por empate e pênalti perdido do Paraguai

Guilherme Piu
20/06/2019 às 11:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:12
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O enredo da vida de Messi no Mineirão se assemelha a um tango. Enquanto bailava em campo, sofrendo pelo objetivo da vitória, o craque do Barcelona tentou ajudar a Argentina na noite de quarta-feira, contra o Paraguai. O camisa 10 fez sua parte, anotando de pênalti o gol albiceleste no empate em 1 a 1 com os paraguaios, em duelo válido pelo Grupo B da Copa América. Mas em vez de tango, o jogador quase dançou porque ficou bem perto de sentir a dor da eliminação. Entretanto, a esperança azul e branca permanecerá até a última rodada. 

A Argentina ainda é a lanterna do grupo e precisará vencer o Catar e torcer contra o Paraguai para não ficar fora das oitavas de final da Copa América. 

Com apenas um ponto, Messi e companhia tem a mesma pontuação do adversário da próxima rodada, mas perdem nos critérios de desempate (saldo de gols). O Paraguai que empatou duas vezes tem dois pontos e a Colômbia, já classificada tem seis. 

O drama de Messi

Após um primeiro tempo apagado um dos maiores jogadores da história do futebol vive sua sina dramática. Em um time que a organização tática não funciona e quase tudo gira em torno de seu maior craque, faltava mais do que a centelha para um jogo em conjunto melhor. 

Tentando jogadas de infiltração com a bola nos pés pelo meio, Lionel Messi parava na forte marcação paraguaia. É certo que o temor dos zagueiros pela genialidade do meia, em vários momentos, os fazia apelar para faltas mais duras e perigosas à frente da área de Gatito Fernandez, goleiro do Botafogo e da Seleção do Paraguai. 

E foi em um lance assim após os 30 minutos, de um Gatito praticamente sem ser incomodado, que parecia que a Argentina tiraria o grito de gol da garganta dos hinchas. Só parecia. 

As torcidas se misturavam entre argentinos e brasileiros. Nem mesmo a rivalidade impedia que os ‘brazucas’ transgredissem a lei dos arquirrivais: a de não vestir a camisa do maior adversário”. 

Tudo por “El Diez”, por uma sumidade que para, ou pelo menos promove uma pausa, na guerra futebolística entre Brasil e Argentina. 

“Sabíamos que isso poderia acontecer porque Copa América não é fácil jogar. O Brasil teve dificuldade contra a Venezuela, time de contra-ataque rápido. Já não se ganha só com camisa, tem que fazer as coisas certas para ganhar os três pontos”, disse Messi após o empate no Mineirão. 

Logo após o lance da falta a simetria do tango hermano desandou. Almirón, rápido, passou pela defesa encontrou Sanchez dentro da área. Era o 1 a 0 paraguaio. Placar do primeiro tempo. 

E na segunda tempo o empate dramático e que impediu a Argentina de ficar de forma precoce fora do torneio. Com auxiliando Árbitro de Vídeo o juiz Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti, após a bola, no mesmo lance, acertar o travessão, Gatito fazer defesa milagrosa, e acertar a mão de Piris. 

Messi empatou, e quase viu seu esforço ir por água abaixo. Derlis Gonzales desperdiçou um penal que poderia ter dado a classificação adiantada aos paraguaios. 

“Após empate achamos que poderíamos virar, mas depois voltou a mudar. Foi uma lástima porque para nós a vitória era fundamental aqui (no Mineirão). Agora temos que ganhar do Catar para classificar”, garantiu Messi. 

Já Derlis era a cara da decepção após o jogo. 

“Estou triste, capaz se eu convertesse o pênalti, agora estaríamos festejando a classificação. Infelizmente, não foi assim, mas são coisas que podem acontecer. Um jogador quando falha, sai com essa sensação, mas agora tenho espírito de dar a volta por cima e buscar a classificação“, disse o jogador do Santos na zona mista do estádio. 

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