Minas Arena ignora irregularidades em primeiro dia de retorno da cerveja ao Mineirão

Frederico Ribeiro
09/08/2015 às 21:06.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:17
 (Frederico Ribeiro)

(Frederico Ribeiro)

Na reestreia da cerveja no Mineirão a orientação foi pegar leve com os torcedores. Tão leve que, mesmo com o flagrante de vários cruzeirenses e palmeirenses infringindo a lei e consumindo a bebida alcoólica onde não é permitido, nenhum boletim de ocorrência foi registrado.

Mesmo com a novidade, muitos que estiveram no estádio reclamaram. Voltar a beber cerveja no Gigante da Pampulha foi como ir ao cinema e só poder comer pipoca fora da sessão. A legislação não permite o consumo e o comércio de bebida alcoólica nas cadeiras e arquibancadas, e a venda só acontece até os dez primerios minutos do intervalo. Ou seja, somente na área dos bares é possível comprar e consumir a bebida, sob a fiscalização dos fiscais do consórcio Minas Arena.

Essa limitação da regra produziu uma cena surreal. Já imaginou ir ao Mineirão e, dentro do estádio, assistir ao jogo em uma televisão a 32 passos do primeiro lance da arquibancada? Centenas de cruzeirenses preferiram conferir a partida que acontecia a metros de distância pelas TVs dos bares. Pois, só assim, poderiam beber ininterruptamente.

“Se for para liberar a cerveja, que façam de uma forma minimamente inteligente. Até quando eles (políticos) fazem o certo, acaba dando errado”, reclamou o diretor comercial Rafael Vargas, de 27 anos.

VISTA GROSSA

Mesmo com avisos pregados nas paredes que dão acesso às cadeiras, houve vários flagrantes de consumo de bebida na arquibancada. Mas os “stewards” foram orientados a apenas advertir os infratores. Tanto que nenhuma ocorrência policial por conta do descumprimento da nova lei foi registrada, e todos se safaram de pagar a multa prevista de R$ 1.361,45.

Mas a baixa fiscalização não impediu a confusão. Alguns torcedores se exaltaram com a proibição de beber cerveja vendo o jogo nas cadeiras do Mineirão. “Qual a diferença de beber aqui nos bares e beber na arquibancada?”, esbravejou o comerciante Rosemberg de Souza, que quase saiu no tapa com um funcionário da Prosegur, empresa responsável pela segurança no estádio.

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