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Mineira de coração pedala na Califórnia por vaga olímpica

Guyanne Araújo - Hoje em Dia
16/03/2015 às 08:13.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:21

(fotos arquivo pessoal)

Ela já competiu até na categoria masculina, por falta de quórum na modalidade que disputa. Agora, colhe os frutos de tanto esforço sobre a bicicleta. A capixaba de “coração mineiro” Thaynara Morosini Chaves, de 20 anos, faz parte da seleção brasileira de BMX (ou bicicross).

Fera na modalidade de ciclismo, cujas competições são em pistas com obstáculos, ela sonha com uma vaga nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Thaynara embarca segunda-feira para a Califórnia, nos Estados Unidos. Lá, ela e mais duas atletas da seleção treinarão até o fim do ano, se preparando para a Copa do Mundo Supercross. A competição é disputada em cinco etapas ao longo do ano, Na Inglaterra, Bélgica, Suécia, Argentina e Estados Unidos.

O Brasil terá duas vagas nos Jogos Olímpicos de 2016. Uma por ser o país sede, e o representante será escolhido pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC). A outra será destinada à atleta melhor colocada no ranking, conforme as etapas do Mundial.

“Esse ano é decisivo, a expectativa é a melhor possível. Estou muito focada na possibilidade de representar o Brasil. Pode ser minha primeira Olimpíada, que é o sonho de todo atleta”, afirma Thaynara. Nos últimos dias ela treinou em Americana (SP), pois a pista em que fazia suas manobras, em Betim, cidade abraçada pela família da ciclista há 17 anos, está abandonada.

Foi na pista de Betim que tudo começou, quando ela tinha apenas 6 anos. “Sempre gostei de andar de bicicleta, desde pequena. Estava passeando com meu pai e parei para ver. Como gostava, pedi para ele me colocar na escolinha. Peguei equilíbrio, comecei a perder o medo e passei a fazer os treinos específicos”, lembra.

O hobby passou a ser a paixão de Thaynara. “Vi que era sério e comecei a competir. No começo (até os 10 anos), eu corri em duas categorias, feminina e masculina, mas depois mudaram as regras”, disse. A atleta já chegou às quartas de final na terceira etapa da Copa do Mundo de BMX, em 2014.

Thaynara, que já ficou sem treinar por falta de patrocínio, está otimista. Ela se recuperou de uma lesão na coluna e voltou a treinar há três meses. Apesar da distância, a atleta conta sempre com o apoio da família.

“A expectativa para a Olimpíada está muito grande, a adrenalina está a mil. É um sonho dela e meu, indiretamente. Temos chance reais nos Jogos do Rio”, comemora o pai de Thaynara, Alvessi Chaves, sempre na torcida por ela.

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